Comissão convida instituições para debater esporte paralímpico
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Audiência Pública – Comitê Brasileiro e Comitê Brasileiro de Clubes Paralímpicos – Atividades e aplicação de recursos
Nesta quarta-feira, a Comissão do Esporte realizou Audiência Pública para debater a formação de atletas e a preparação para o atual ciclo paralímpico, em atenção ao requerimento nº 39/2022, de autoria do deputado Julio Cesar Ribeiro (REPUBLICANOS/DF). A reunião contou com a presença do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e com o Comitê Brasileiro de Clubes Paralímpicos (CBCP) para realizar um balanço das atividades e a aplicação de recursos.
De acordo com o deputado requerente, o CPB é responsável por “Promover o esporte Paralímpico da iniciação ao alto rendimento, e a inclusão da pessoa com deficiência na sociedade”. Já o CBCP deve “fortalecer clubes, associações e entidades que desenvolvam a prática paradesportiva e paralímpica, por meio da ampliação das competências gerenciais, administrativas e técnicas, visando a formação de atletas com deficiência”.
Mizael Conrado, presidente do CPB, diz que com o Programa-Atleta-Cidadão, o comitê tem conseguido ofertar cerca de 300 bolsas universitárias por ano para que o atleta paralímpico consiga a entrada no mercado de trabalho após a vida esportiva. “Alguns programas foram suspensos com a pandemia em 2020, mas já foram completamente restabelecidos em 2022”. De acordo com ele, “o crescimento de atletas aqui no centro paralímpico avançou para os centros de referência. Neste ano tivemos ao menos 35 centros de referência com contrato assinado, ao menos um em cada Unidade da Federação. Em Roraima, por exemplo, além dos alunos brasileiros, nós atendemos também os venezuelanos refugiados”, completou.
Para João Batista Carvalho, presidente do CBCP, a influência da criação do comitê também teve grande participação na conquista de medalhas paralímpicas. Com a criação de leis que destinaram recursos das loterias para atletas olímpicos e paralímpicos, as conquistas cresceram significativamente. “Isso só foi possível após a criação do Comitê, em 1995”, relatou.
“Com esses recursos da Lei de Incentivo, a gente consegue melhorar a infraestrutura dos nossos projetos trazendo equipamentos de qualidade, mas principalmente na qualificação dos profissionais”, completou Eliane Miada, Diretora da Associação Desportiva para Deficientes de São Paulo. Para a diretora, é necessário que o CBCP invista mais na capacitação para que as instituições possam se fortalecer. “Os clubes precisam estar bem fortes para conseguir fazer o desenvolvimento de maneira a garantir essas medalhas e conquistas”, citou.
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Por Ascom/Cespo