COB e Ministério do Esporte enumeram legados dos Jogos Olímpicos

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, e o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, apresentaram nesta quarta-feira, na Comissão do Esporte da Câmara, os principais legados da realização das Olímpiadas no País.
28/05/2015 10h55

Jordana Ribas

COB e Ministério do Esporte enumeram legados dos Jogos Olímpicos

Com a palavra o Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman.

Entre os legados que o Rio de Janeiro terá após a realização dos jogos, Nuzman citou uma nova linha de metrô e diversas outras de BRT. Outro benefício apontado é o turismo da cidade sede, que vai contar com 70 novos hotéis.

Instalações esportivas 

Nuzman considera que o Brasil vai se tornar uma potência olímpica, com atletas, treinadores e gestores de ponta.

A respeito das instalações esportivas que estão sendo construídas, como o Parque Olímpico da Barra da Tijuca e o Parque Olímpico de Deodoro, o presidente do COB garantiu que os espaços serão utilizados por atletas brasileiros de alto rendimento, sendo que parte do complexo esportivo de Deodoro será entregue a população para a prática de esportes radicais.

Em contrapartida, a meta de despoluir 80% das águas da Baía de Guanabara, onde as provas de vela serão realizadas, não será atingida. Segundo Nuzman, isso não vai interferir no sucesso ou não dos jogos olímpicos. "Não podemos transformar a Baía de Guanabara em um ícone de sucesso ou não dos jogos. Como atleta eu já competi no mundo inteiro em locais extremamente diferentes, mas que sempre foram iguais para todos os atletas. A Baía de Guanabara já sediou dezenas de campeonatos mundiais com os mesmos atletas, com a mesma água e com a mesma situação.”

Na opinião de Nuzman, os atletas estrangeiros não querem competir na baía não é por causa da poluição, “mas sim porque os atletas brasileiros conhecem melhor as correntes e os ventos".

Esporte de base 
Outro legado importante é o fomento do esporte de base no Brasil. De acordo com o secretário-executivo do ministério do Esporte, Ricardo Leyser, centros esportivos para jovens atletas já estão em funcionamento em diversas partes do País, por meio da Rede Nacional de Treinamento, programa coordenado pelo ministério.

Ricardo Leyser

Integrante da comissão do Esporte e ex-atleta olímpico, o deputado João Derly (PCdoB-RS) espera que as ações que têm ajudado o desenvolvimento do esporte no País, não parem após a realização dos jogos. "A preocupação com o legado é fundamental e a minha grande preocupação não é com o legado que vai ficar para a cidade em relação à mobilidade e obras de estrutura. Claro que isso é importante, mas me preocupo mais com o fortalecimento da cultura esportiva, que é um objetivo tangível, e também que por meio de lei se consolide o esporte como uma política pública pilar do País".

Ao se tornar sede das olímpiadas, o Rio de Janeiro automaticamente se compromete em também realizar os jogos paralímpicos de 2016. Por isso, os praticantes atuais e futuros da modalidade também foram beneficiados. Em agosto deste ano será inaugurado, na cidade de São Paulo, o Centro Paralímpico Brasileiro, que servirá como local de treinamento para atletas de todas as faixa etárias que tenham algum tipo de deficiência física.

Na opinião de Nuzman, o Brasil ter conquistado o direito de ser sede dos jogos olímpicos já é o maior legado para o País e a cidade do Rio de Janeiro. "Isso entra para história e a história será a responsável por desenvolver todo esse momento histórico do nosso País".

Texto: Agência Câmara Notícias