Além do Rio Grande do Sul, os encontros já foram realizados em Belo Horizonte, Belém do Pará, Goiânia e Fortaleza. Os resultados farão parte do relatório para sugerir as ações a serem implantadas nos ajustes do calendário. E, serão apresentados no Fórum Legislativo do Futebol, que será no dia 24 de novembro, na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Hamm argumenta que o objetivo é que os clubes tenham maior aprofundamento, atenção, mais participação, um calendário adequado dos jogos, e em consequência maior participação dos torcedores nos estádios. O parlamentar enfatizou que a Confederação Brasileira do Futebol (CBF) lançou na última semana o calendário com a programação nas competições. No entanto, considera o debate fundamental para melhor organizar os jogos e oportunizar que os clubes tenham mais partidas, valorizando assim, as finanças das entidades futebolísticas, os atletas e os treinadores. “Organizar o calendário para o futebol significa promover melhor qualidade ao torcedor, mais espetáculos e a evolução do futebol brasileiro”, sintetiza.

Deputado Afonso Hamm presidiu debate que tratou do calendário do futebol brasileiro (Foto: Juarez Junior | Agência ALRS)

O presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Novelleto Neto, comenta que a federação tem 100 clubes inscritos e cerca de 50 estão em atividade. Em relação à sugestão de aumentar o período dos jogos, o presidente relata que para os clubes faltam estrutura para manter os jogos o ano inteiro. No entanto, considera importante o aperfeiçoamento com intuito de sanar as dificuldades de cada clube.

Clubes

O presidente do Grêmio Foot Ball Porto Alegrense, Romildo Bolzan Junior, relata a necessidade de tratar a organização do calendário, assim como, verificar os parâmetros da legislação levando em conta as necessidades dos clubes. Ainda considera fundamental a revisão da Lei Pelé e avançar na questão tributária dos clubes. “Todos esses temas irão contribuir na melhor reformulação do futebol brasileiro”, aponta o presidente ao relatar que é necessário adequar o calendário do futebol ao europeu para não desiquilibrar os clubes que acabam perdendo os jogadores.

O vice-presidente do Sport Club Internacional, Luís Henrique de Oliveira destaca que esse debate é importante para detalhar o calendário assim como, relatar outros temas importantes como infraestrutura dos clubes, obrigações de diretor de atletas, equipes, transmissão na televisão e patrocínios. “Encontro importante para mudar as questões que precisam ser alteradas. O calendário é sofrido para muitas equipes, como por exemplo, Internacional que no ano joga mais de 80 partidas e é um assunto que precisa ser tratado”, sintetiza.

O vice-presidente de Futebol do Grêmio Esportivo Brasil de Pelotas, Cláudio Montanelli, apresentou uma proposta para que as três séries A, B e C sejam jogadas da mesma forma e a série D passe a ter a mesma fórmula da série C. E que seja acrescida de mais uma série E, composta pelos 20 não classificados da série D, que jogariam nos moldes da série C e os demais da série E seriam compostos pelas vagas destinadas as federações.

Também estavam presentes no debate:

- Alfredo Sampaio da Silva Júnior - vice-presidente da federação nacional de atletas profissionais de futebol;

- José Mário Barros, presidente da Federação Brasileira De Treinadores De Futebol;

- Luís Grochot, da Associação Chapecoense;

- Domingos Escobar, presidente do Esporte Clube São Paulo de Rio Grande;

- Marcelo Cruz, Sindicato dos Atletas Profissionais de Futebol/SC;

- Denilson Camargo e Jairzinho Batistella, da Federação Gaúcha de Futebol Sete;

- Maurício Andrade, diretor executivo do Coritiba Foot Ball Club do Paraná;

- Gilsioney Marques, Federação Paranaense de Futebol;

- Ivo Amaral, da Federação Nacional dos Atletas de Futebol (Fenapaf);

- Paulo Cesar Mocellin, presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais do RS (Siapergs)

Texto: ASCOM/Deputado Afonso Hamm