Atletismo e handebol apresentam planejamento na Comissão do Esporte

A Comissão do Esporte promoveu um encontro com as confederações de handebol e atletismo no dia 3 de setembro. A audiência marcou o início de uma série de discussões com as entidades esportivas para debater a preparação dos atletas para os Jogos Olímpicos Rio 2016.
08/09/2015 18h25

Atletismo e handebol apresentam planejamento na Comissão do Esporte

Mesa de debate, ao centro o autor que propôs a audiência, deputado João Derly

 “É importante a gente estar próximo das confederações e da realidade dos nossos atletas para os Jogos, conhecer um pouco mais as provas, os índices e quem está em destaque. Assim conseguimos avaliar melhor, saber as dificuldades do dia a dia e as virtudes das conquistas”, explica o relator da subcomissão especial da preparação olímpica, o deputado João Derly.

Apenas o atletismo é responsável por distribuir 141 medalhas nos Jogos Olímpicos, com a disputa de 47 provas. “Desde quando o Brasil ganhou o direito de sediar os Jogos, em 2009, houve um planejamento para que os atletas tivessem o máximo de recursos. Fizemos intercâmbios internacionais, contratamos técnicos estrangeiros e promovemos cursos. Com o Plano Brasil Medalhas, os atletas têm uma equipe multidisciplinar, com médicos, fisioterapeutas, massoterapeutas, psicólogos e fisioterapeutas”, disse o gerente administrativo da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Georgios Stylianos Hatzidakis.

Bronze no revezamento 4x100m em Atlanta 1996 e hoje técnico de atletismo, Arnaldo Oliveira apontou que o nervosismo ainda é um obstáculo para o sucesso dos brasileiros. “Para você ganhar uma medalha, tem que estar bem fisicamente e no psicológico.

“Precisamos ter um trabalho grande com psicólogos para não termos problemas dentro de casa, com a pressão de uma meta de medalhas”, diz Fernando Franco, presidente do Centro de Estudos do Atletismo e que desenvolve pesquisas na área.

Outra modalidade debatida na audiência, o handebol conta com diversos investimentos para apresentar grandes resultados. Entre 2010 e 2013, a Confederação de Handebol (CBHb) firmou sete convênios com o Ministério do Esporte, totalizando R$ 15 milhões.

Além disso, a entidade foi beneficiada por meio da Lei de Incentivo ao Esporte (R$ 8,9 milhões, entre 2008 e 2013) e pela Lei Agnelo/Piva (mais de R$ 3 milhões em 2014). A Bolsa Atleta de 2015 contempla 322 jogadores (R$ 4,5 milhões ao ano) e outros 44 atletas são beneficiados pelo Plano Brasil Medalhas. “O Ministério do Esporte sempre foi nosso grande patrocinador. Os resultados têm surgido e o handebol vem crescendo com recursos”, avalia a diretora de marketing da CBHb, Glória Sperandio. A modalidade ainda conta com apoio dos Correios (R$ 6 milhões) e do Banco do Brasil (R$ 8 milhões).

A modalidade tem promovido ainda intercâmbios com equipes do exterior e organizado fases de treinamento no Brasil e na Europa.

Texto: ASCOM/Min. do Esporte

Edição: ASCOM/CESPO