Seminário sobre Mobilidade Urbana discute soluções para acessibilidade

O Seminário “Mobilidade Urbana: Acessibilidade, Transporte e Moradia” realizado nesta terça-feira, dia 16, pela Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU), em conjunto com a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CPD), trouxe como expositoras, em sua primeira parte, a Arquiteta e Especialista em Acessibilidade, Silvana Cambiaghi, e a Gerente Substituta do Departamento de Acessibilidade e Planejamento Urbano do Ministério das Cidades, Letícia Miguel Teixeira.
16/06/2015 18h05

Divulgação

Seminário sobre Mobilidade Urbana discute soluções para acessibilidade

O Seminário “Mobilidade Urbana: Acessibilidade, Transporte e Moradia” realizado nesta terça-feira, dia 16, pela Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU), em conjunto com a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CPD), trouxe como expositoras, em sua primeira parte, a Arquiteta e Especialista em Acessibilidade, Silvana Cambiaghi, e a Gerente Substituta do Departamento de Acessibilidade e Planejamento Urbano do Ministério das Cidades, Letícia Miguel Teixeira.

Falar em acessibilidade, abordando todas as áreas do dia a dia, como mobilidade urbana, habitação e transporte, é uma questão que toca diversos temas. A importância de discutir essa questão é que, como todas as pessoas, os deficientes têm os mesmos direitos de circular pelas cidades.

Um dos problemas citados nas apresentações foi o de que muitas cidades foram feitas sem planejamento e os projetos que visam solucionar os mesmos são feitos a curto prazo.

A expositora, Sra. Silvana Cambiaghi, supôs que os presentes se imaginassem, hoje, tendo que usar uma cadeira de rodas e questionou como seria seu deslocamento dentro de sua casa, utilizando o transporte público ou particular e fazendo o trajeto até a Câmara, “será que vocês conseguiriam usar a casa que vocês moram hoje?”.

Algumas soluções para estes problemas de acessibilidade na mobilidade urbana, apresentados pelas expositoras desta primeira parte do Seminário, são o piso tátil direcional, para que pessoas com deficiência visual possam visualizar a rota, além do mapa tátil em estações de metro, cruzamento elevado e várias outras ideias para serem implementadas na arquitetura atual, uma arquitetura inclusiva. O conceito de desenho universal está diretamente relacionado com estas soluções, explicado pela Sra. Letícia Miguel Teixeira como um “princípio que deve ser aplicado então para toda a produção de todo o espaço, seja ele arquitetônico ou urbano”, projetado não apenas para as pessoas com deficiência, mas visando uma utilidade universal, onde todos possam conviver facilmente.

O Seminário contou também com a presença do Presidente da CPD, Deputado Aelton Freitas, o Secretário Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, do Ministério das Cidades, Dario Rais Lopes, o Vice-Presidente da CDU, Deputado Carlos Marun, e o Diretor do Departamento de Políticas Temáticas dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Sérgio Paulo da Silveira Nascimento.

Transporte e Moradia

Para o Secretário Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, do Ministério das Cidades, Dario Rais Lopes, os gestores públicos precisam considerar que o centro da mobilidade é a acessibilidade e não o deslocamento.  Ao falar dos desafios da mobilidade  em relação à moradia, ele defendeu que tudo o que for licitado “precisa estar dentro do plano de mobilidade do município para que seja garantido a todos infraestrutura e segurança para efetiva acessibilidade”., afirmou.

Ao agradecer a presença dos participantes do evento, o presidente da CDU, deputado Julio Lopes, destacou o trabalho realizado pelo urbanista Lucio Costa e ressaltou a importância do debate realizado para construção de cidades com perspectivas de atender a todos de forma universal. “Lembro sempre frase de Lúcio costa que definia o urbanismo como a arte de conciliar os interesses do indivíduo enquanto ser individual com os interesses desse mesmo indivíduo enquanto parte do coletivo”, afirmou.  

O presidente da Comissão de Defesa  dos Direitos das Pessoas com Deficiência falou sobre a necessidade de afinar as ações de todos os atores envolvidos para ampliar a inclusão das pessoas com deficiência  na vida real. “Não podemos exigir que essas  pessoas  sejam “guerreiros do cotidiano”  ao vencer obstáculos causados pela falta de planejamento . Temos de garantir mobilidade e autonomia para todos os brasileiros”, ressaltou.

 

Kimberly Dias, jornalista estagiária da CDU