Seminário Indicadores de Saúde Ambiental para Metrópoles Saudáveis
No dia mundial do Meio Ambiente (05/06) a Comissão de Desenvolvimento Urbano realizou o Seminário Internacional Brasil/Argentina Indicadores de Saúde Ambiental para Metrópoles Saudáveis. Com o objetivo de apresentar a sustentabilidade ambiental, em cidades superpopulosas como São Paulo, Buenos Aires e Cidade do México.
O Seminário também procurou encontrar soluções para frear os impactos sobre o meio ambiente. O Deputado Adrian (PMDB-RJ), que propôs a realização do seminário, ressaltou a importância do reaproveitamento de materiais usados como fator preponderante para reduzir os custos com esses novos projetos.
Na palestra do Presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (PROAM), Carlos Bocuhy, a diferença entre os gastos com armamento e com o Meio Ambiente foi amplamente exposta. Bocuhy ainda comparou a sustentabilidade com uma escova de dente. “Sustentabilidade não pode ser como uma escova de dente, onde cada um tem a sua, temos que cuidar dela como um todo”, lembrou o Presidente do PROAM.
Foram ressaltados em todas as apresentações temas como o aumento da temperatura global, reciclagem, reflorestamento, mobilidade, educação ambiental e os custos de adaptação ao futuro. Pois com todas as mudanças ambientais as populações mundiais terão que se adaptar à escassez de alguns itens vitais.
Custos
Haroldo Mattos, Presidente do Instituto Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, ressaltou que o custo para a adaptação dos países, caso se confirme a previsão de elevação da temperatura mundial em 2°C, é de mais de 100 bilhões de dólares até o ano de 2050. Haroldo ainda lembrou que os prejuízos com enchentes ultrapassam 670 milhões de reais por ano.
A redução da demanda por transporte foi lembrada pelo Ex-Ministro do Meio Ambiente da Província de Buenos Aires, Juan Manoel Velasco. “É preciso racionalizar o uso do transporte público e reduzir o uso de automóveis particulares, através de restrições graduais e crescentes”, afirmou o Ex-Ministro.
Após alguns debates, o Seminário foi encerrado com a sensação de ter aumentando o conhecimento por parte das comunidades envolvidas acerca dos riscos ambientais a que estamos submetidos. A capacidade das metrópoles é finita, e é preciso uma interação entre sociedade e governos para montar uma plataforma de gestão ambiental conjunta.