Metade das cidades brasileiras ainda possui lixões, diz especialista

Apesar de a coleta de resíduos sólidos não estar em uma situação tão crítica, o maior problema é a destinação final dos resíduos , sustentou há pouco Johnny Ferreira dos Santos, representante do Ministério das Cidades na audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Segundo ele, cerca de 82% dos municípios brasileiros possuem coleta de resíduos sólidos – entre os domicílios urbanos, o índice é de 92%. No entanto, 50% das cidades ainda possuem lixões. Apenas 22% contam com aterro controlado e 27% com aterro sanitário.
05/07/2011 16h10

 

Para Santos, uma das causas dos problemas de drenagem urbana é a falta de órgãos específicos para acompanhar o setor e de pessoal qualificado.

Bons exemplos
Na audiência, que discute a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10), foram dados exemplos positivos de redução de resíduos. O diretor do Procon de Jundiaí (SP), Antônio Augusto Giaretta, falou sobre a experiência da cidade, onde há 10 meses houve um pacto social para acabar com a distribuição, pelos mercados, de sacolas plásticas produzidas a partir do petróleo.

Segundo ele, a medida já retirou do meio ambiente 800 toneladas de plástico, que correspondem a 22 milhões de sacolas que deixaram de ser distribuídas por mês.

O diretor social da Agência de Promoção Eco Sustentável (Apecos), Edivaldo Bronzeri, falou sobre um projeto que a entidade realiza em Natal (RN): em 124 quilômetros de praia, são retiradas 40 toneladas de coco por dia. Esse coco é processado e transformado em 12 toneladas de carvão.

Com a ação, ressalta Bronzeri, o coco é retirado do meio ambiente e, ao mesmo tempo, evita-se a derrubada de árvores para a produção de carvão vegetal.

Reportagem - Renata Tôrres/Rádio Câmara
Edição - Daniella Cronemberger

Agência Câmara de Notícias