Copa permitiu investimentos que não aconteceriam, dizem autoridades
O secretário participa da 13ª Conferência das Cidades, que discute hoje e amanhã o tema “mobilidade urbana”. O evento é promovido pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara. Hoje, estão previstos debates sobre a aplicação da Lei da Mobilidade Urbana (12.587/12) pelos municípios, a integração dos modais de transporte, os projetos de mobilidade urbana nas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 e as parcerias público-privadas (PPPs), entre outros.
De acordo com Júlio dos Santos, os debates em torno da necessidade de obras de mobilidade visando à Copa identificaram uma grande demanda por sistemas de transportes sobre trilhos. A necessidade deste tipo de transporte motivou, segundo o secretário, a criação do PAC da Mobilidade Grandes Cidades e, posteriormente, do PAC Mobilidade Médias Cidades. “Além disso, a mobilidade urbana aumentou sua importância nas eleições deste ano, ficando no mesmo patamar que educação, saúde, segurança e habitação”, acrescentou Santos.
O secretário ressaltou ainda ser importante que os investimentos induzidos pela Copa sejam contínuos e pautados pela política nacional de mobilidade urbana, em um esforço conjunto entre os governos federal, estaduais e municipais.
“Sentido de urgência”
Na mesma linha do secretário do Ministério dos Transportes, o consultor da presidência da Caixa Econômica Federal (CEF), Vicente Carlos Trevas, afirmou que a Copa do Mundo “deu um sentido de urgência positivo” às obras de mobilidade urbana e fez com que o Estado brasileiro fosse cobrado em relação a planejamento e novas obras. Trevas comemorou o fato de esse tema estar sendo discutido sob uma nova conjuntura, segundo ele, calcada em três frentes: a retomada de investimentos públicos como há tempos não se dava; a atualização do marco legal do setor, com a edição da lei da mobilidade urbana; e a forte cooperação entre os três entes federativos (União, estados e municípios) no planejamento das mudanças necessárias para uma melhor mobilidade.
A conferência foi interrompida e será retomada às 15 horas no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.
Edição- Mariana Monteiro