A Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU) realizou nesta quarta-feira, 2, às 11h, debate sobre a atual situação das ciclovias e ciclofaixas no Brasil.

O professor do Programa de Pós-Graduação em Transportes da Universidade de Brasília, Paulo César Marques da Silva, realçou que o princípio da Política Nacional de Mobilidade Urbana mais forte é a mobilidade sustentável, por isso a importância de se discutir as ciclovias e ciclofaixas no País. Segundo a Lei que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, orienta-se a hierarquia dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado. “As pessoas precisam de espaço, independente da forma que se deslocam”, explicou o professor. Para ele, a prioridade que damos para os indivíduos é o que traz a mobilidade sustentável. O palestrante ressaltou que o espaço é um recurso escasso e por isso deve ser dividido de modo consciente e democrático. “Precisamos ver qual é a situação de mobilidade que o Brasil está enfrentando e definir melhor as políticas que necessitamos estabelecer”, concluiu.

Por que promover a bicicleta? Daniel Guth Esteve, membro do Grupo de Trabalho Políticas Públicas da União de Ciclistas do Brasil (UCB), respondeu que, além de trazer igualdade e resgatar a dimensão e a escala humana, a bicicleta é sinônimo de saúde pública. “Ela ajuda também a fluir o trânsito ocupando menos espaço, sendo silenciosa e te levando de maneira rápida e fácil para todos os lugares”, completou. Guth destacou que precisamos cumprir o compromisso com os ciclistas. “É necessário melhorar o diálogo entre o Executivo e o Legislativo para reconhecer a cultura real e o uso da bicicleta no Brasil”, afirmou o palestrante.

Foram convidados também para o debate representantes do “Brasília Amiga da Bike” e do Ministério das Cidades.

Assessoria de Comunicação - Kimberly Dias