Governo admite crise elétrica caso a seca piore
Lucio Bernardo Junior/Banco de Imagnes/Câmara dos Deputados
O secretario executivo do Ministério de Minas e Energia, Marcio Zimmermann, na audiência pública, ladeado pelos presidentes de comissão, deputados Geraldo Thadeu e Augusto Coutinho
As chuvas do mês de março nas regiões Sul e Sudeste, no entanto, ampliaram os reservatórios dessas regiões, afirmou o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia.
Zimmermann destacou que o modelo elétrico brasileiro prevê que na crise do sistema hídrico, o país amplia a produção de energia térmica.
O custo dessa energia elétrica gerada vai ser paga pelo consumidor em sua conta de luz a partir do próximo ano. O pagamento foi postergado porque o Governo antecipou o pagamento aos distribuidores de energia. Agora o Governo espera receber esse valor dos consumidores em até cinco anos.
Mas a conta de luz terá um redutor, garantiu Zimmermann. É que em 2015, vence uma primeira licitação de usina elétrica de 5 mil megawatts de potência instalada, que deverá ser relicitada de forma a baratear o valor da tarifa de energia paga pelo consumidor.
O deputado Mandeta (DEM/MS), que requereu a audiência pela CDEIC, questionou o que chamou de “subsídio” e a “ausência de franqueza” com o consumidor, pois terá que pagar a conta em ano não eleitoral. O parlamentar também perguntou se a relicitação de usinas não poderia ser visto pelo empresariado como quebra de regras. Zimmermann disse que se tratou apenas de uma antecipação e não de um “subsídio”. Para ele, não vai haver explosão tarifária. Quanto à quebra de regras e desconfiança do empresariado, o secretário executivo afirmou que a volta das usinas ao poder da União é prevista em lei.
A audiência pública foi realizada em conjunto pelas comissões de Minas e Energia, de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e de Fiscalização Financeira e Controle.