Deputados aprovam cota de 20% de vigilantes femininas em sistema bancário
O projeto de autoria do deputado federal, Júlio César Ribeiro (PRB/DF), foi votado na reunião do último dia 30 de outubro e agora segue para discussão na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC). Ele altera a Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, a chamada Lei de Segurança Bancária, para incluir a obrigatoriedade de um percentual mínimo de mulheres nos quadros de vigilantes.
Para o autor, a segurança privada e de vigilância é um dos mais lucrativos segmentos da economia do país, no qual a predominância de seguranças do sexo masculino reforça preconceitos quanto a gênero. “Ainda existe uma imagem de que esse segmento está atrelado à figura masculina, onde persiste uma hierarquia de gênero, avaliando que a presença feminina pode fragilizar alguns postos de trabalho”, explica Ribeiro.
O relator do projeto, Amaro Neto (Republicanos/ES), defendeu a instituição da cota como forma de incentivar a entrada de mulheres no mercado de trabalho, além de dar garantias de atendimento adequado aos usuários do sistema bancário.
“No caso específico do segmento dos vigilantes, há uma tradicional restrição ao acesso feminino, pela falsa concepção de fragilidade e despreparo para a atividade fim. Não há nada, no entanto, que objetivamente aponte para uma desvantagem do sexo feminino para atuar no setor”, finaliza Amaro Neto.