Comissão discute possível aumento na tarifa cobrada por operadoras de cartões
O deputado argumenta que em recente anúncio veiculado na imprensa a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) trouxe ao conhecimento do público a pretensão da empresa Mastercard de aumentar a tarifa de intercâmbio cobrada pela bandeira de 0,75% para 1,05%. "Isso representa um acréscimo de 40% do valor atual que já pode ser considerado alto no rol de taxas e impostos que sobrecarregam o empreendedor brasileiro", disse Coutinho.
Impacto financeiro
A tarifa de intercâmbio é a porcentagem paga pelo estabelecimento comercial ao emissor do cartão, geralmente bancos, por cada transação estabelecida por meio de pagamentos eletrônicos. "Nesse sentido, o manifesto veiculado pelo jornal merece atenção, pois a mencionada empresa congrega no país um setor que gera mais de seis milhões de empregos diretos e que movimenta negócios financeiros consideráveis, representando atualmente 2,7% do PIB nacional.
Cabe ressaltar que a medida atingirá todos os setores que utilizam o sistema eletrônico de cartões, gerando um impacto financeiro pelo efeito cascata que poderá acarretar na cobrança das demais empresas de cartão", observou o parlamentar.
Foram convidados para a audiência:
- o coordenador-geral de Estudos e Monitoramento de Mercado do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, Andrey Vilas Boas Freitas;
- o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto;
- o diretor-executivo da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, Ricardo de Barros Vieira;
- o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Paulo Solmucci Júnior; e
- o professor de Direito e pesquisador do Centro de Pesquisa em Direito e Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), João Manoel de Lima Júnior.