Direitos da criança e do adolecente já foram debatidos no Parlamento Jovem Brasileiro
O Estatuto da Criança e do Adolescente, conhecido também como ECA, é uma das principais leis de garantia de direitos infanto-juvenis mais avançadas no mundo. Promulgada em 13 de julho de 1990, o documento reuniu um conjunto de normas que dispõe sobre a proteção integral das crianças e dos adolescentes brasileiros.
Foi a primeira vez em que crianças e adolescentes foram vistos como sujeitos de direitos, na condição peculiar de pessoas em desenvolvimento físico, psicológico e social. Isso significa que esse grupo deve ter seus direitos à vida, à saúde, à educação, ao respeito, à dignidade, à proteção, entre outros, priorizados e garantidos em todo o Brasil.
Nos últimos 31 anos, o ECA trouxe avanços significativos para meninas e meninos entre 0 e 18 anos, mas ainda há muito que fazer pela infância e adolescência. Por isso, essa temática não podia ficar de fora do PJB.
Em 2019, a Deputada Jovem Bárbara Nitsche Leidens (RS) sugeriu a instituição do Programa de Proteção Contra a Violência Familiar. A iniciativa busca facilitar a exposição de violações do Estatuto da Criança e do Adolescente realizadas em âmbito doméstico.
Em sua justificativa, Bárbara explica que, apesar de existirem diversas legislações que buscam garantir os direitos da infância e juventude, a população infanto-juvenil ainda não possui uma participação efetiva na defesa desses direitos.
“Por falta de planejamento público, as ocorrências de maus-tratos, por muitas vezes, só são conhecidas pelo órgão responsável pelo menor através de comunicação realizada por terceiros. Assim, a criança e o adolescente não têm meios diretos, acessíveis e seguros de comunicar violações a seus direitos ocorridas na esfera familiar.”
No ano anterior, em 2018, a Deputada Jovem Vitória dos Santos Martins Queiroz (RJ) apresentou o projeto que objetiva combater a evasão escolar. A proposta sugere atualização da redação do ECA e a criação de mecanismos de monitoramento como uma Equipe Interdisciplinar Exclusiva, formada por pedagogo, psicólogo, assistente social e advogado, dentro da Secretaria de Educação.
Ela explica: “Tendo em vista que a formação educacional é uma etapa essencial para o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes como cidadão, àqueles que foram negligenciados têm suas vidas prejudicadas ao passo que os colocam em desvantagem aos demais que não apresentam defasagem idade-série e os deixam sujeitos à vulnerabilidade social, os marginalizando, aumentando os números de evadidos e de cometimento de atos infracionais”.
Os esforços para assegurar os direitos da infância e da juventude são constantes.
Por isso, reunimos outros projetos apresentados em edições passadas que reforçam a importância desse debate.
Confira a íntegra desses projetos aqui:
2011: Ana Carla Holanda Dias (CE) - Modifica a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que “dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente”, estabelecendo limites ao funcionamento de casas de jogos de computadores. |
2011: Tainara de Souza Aguiar (GO) - Modifica o artigo da lei nº 8.069 de 13 de junho de 1990, que dispõe sobre a lei do Estatuto da Criança e do Adolescente, para disciplinar o processo de escolha dos membros do conselho tutelar. |
2008: Maria Clécia Douzinho (PE) - Dispõe sobre a introdução da disciplina “estatuto da criança e do adolescente” nas grades extra curriculares. |
2006: Jonas Santos Silva (BA) - Acrescenta inciso VIII no art. 16 do Estatuto da Criança e do Adolescente (lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990), com validade para todo o território nacional. |
2005: Daniela Beatriz Bentes Bahia (PA) - Altera o art. 63 da Lei n° 8.069 de 16 de julho de 1990, que “dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências”. |