Economia

Law Kin Chong

22/06/2004 - 18:11  

Uma das prisões feitas por meio da CPI foi a do chinês Law Kin Chong, acusado de ser um dos maiores contrabandistas do País. O relatório contém um capítulo específico sobre a atuação do empresário chinês em São Paulo e de mais quinze pessoas ligadas a ele. Chong foi preso em flagrante no dia 1º de junho, junto com seu advogado Pedro Lindolfo, ao tentar subornar o presidente da CPI, deputado Medeiros.
Para materializar o crime, o deputado combinou com o advogado de Chong o pagamento de R$ 1,5 milhão para não citar o chinês no relatório da CPI. O "acerto" foi feito entre Medeiros e o advogado no dia 27 de maio, em reunião no hotel Eldorado, na capital paulista. O deputado denunciou o suborno à Polícia Federal e ao Ministério Público e armou o flagrante, que resultou na prisão.
A estrutura comandada por Law Kin Chong é sólida ao ponto de, tão logo findarem as apreensões realizadas pela CPI, os encarregados reabastecerem as lojas com seus produtos ilegais, em uma demonstração clara de força, destemor e organização das quadrilhas responsáveis, além de pouco caso com as instituições estatais.
O relatório da CPI da Pirataria confirma a existência de uma quadrilha liderada pelo chinês que se irradia para outros locais do País, com raízes profundamente fincadas em órgãos estatais, o que impede o andamento de um simples inquérito policial. Segundo o relatório, o inquérito envolvendo Law está paralisado desde o ano de 1999. A CPI enviou indicação às autoridades competentes para que fossem tomadas medidas urgentes com o objetivo de fazer andar o inquérito, já que os crimes que lá constam estão perto de serem prescritos.
Foi solicitada ainda a apuração das responsabilidades administrativas pela paralisação do inquérito. Além disso, a comissão solicitou aos ministros da Justiça e da Fazenda, ao governador de São Paulo e ao procurador-geral da República a criação de uma força-tarefa para investigar os "negócios" das pessoas envolvidas no esquema.

Confira o resumo do relatório para cada setor investigado:
Bebidas
Cigarros
Copiadoras
Direitos autorais e editoriais
Indústria fonográfica
Informática
Produtos farmacêuticos
Óculos
Peças automotivas
TV por assinatura
Casos envolvendo agentes públicos

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Reportagem - Rafael Braga
Edição - Patricia Roedel

(Reprodução autorizada mediante citação da Agência)

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