Política e Administração Pública

Temer e ministros entregam à CCJ as peças de defesa contra denúncia

Advogados do presidente da República, de Eliseu Padilha (Casa Civil) e de Moreira Franco (Secretaria-Geral) alegam que, por falta de provas, a Câmara deve negar a autorização para que sejam processados no Supremo Tribunal Federal

04/10/2017 - 17:30  

Os advogados do presidente da República, Michel Temer, e do ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral) entregaram as defesas à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania no processo que pede autorização da Câmara para que sejam acusados junto ao Supremo Tribunal Federal pelos crimes de organização criminosa e obstrução da Justiça (SIP 2/17).

O advogado de Temer, Eduardo Carnelós, disse que a acusação é uma peça armada para depor o presidente, sem prova ou indício de que o presidente tenha cometido algum dos crimes de que é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). “Parece que queria acusar e em troca ofereceu impunidade aos delatores”, disse, referindo-se ao ex-procurador-geral Rodrigo Janot.

Na mesma linha, o advogado de Moreira Franco, Antônio Pitombo, disse que a acusação é leviana e feita para atingir a honra do ministro. “O controle da Câmara é muito importante, porque a PGR agiu sem comprometimento com a moralidade e o interesse público”, disse.

Desqualificação
Assim como a defesa do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), entregue mais cedo, as peças desqualificam as delações do empresário Joesley Batista, do executivo Ricardo Saud e do operador financeiro Lucio Funaro que sustentam as acusações de Janot.

Todos os advogados disseram não ter tido tempo de coordenar os esforços de defesa e alegaram que, por falta de provas, a Câmara deve negar a autorização para que Temer e os ministros sejam processados.

Reportagem - Marcello Larcher
Edição - Ralph Machado

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.


Sua opinião sobre: SIP 2/2017

Íntegra da proposta