Síria busca apoio brasileiro em ajuda humanitária

O embaixador da Síria, Ghassan Nseir reuniu-se com a presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, deputada Jô Moraes, para falar sobre o relacionamento entre os dois países. O encontro aconteceu nesta quarta-feira, 20/5, em Brasília. Na ocasião, Ghassan Nseir frisou a importância das relações Brasil-Síria, "um país muito amigo, com uma imensa comunidade síria que considera o Brasil o seu próprio país".
21/05/2015 17h05

Foto: Claudia Guerreiro

Síria busca apoio brasileiro em ajuda humanitária

Presidente da Comissão conversa com o embaixador da República Árabe da Síria, Ghassan Nseir

O embaixador falou sobre a crise no seu país, explicando o intenso ataque terrorista que assola a Síria, "um terrorismo internacional, praticamente universal, que não aceita o próximo. O que estes grupos terroristas têm feito é inominável: massacres, degolas e crucificação de pessoas, escravização de mulheres e estupro de crianças, destruição de locais históricos e tudo o que isto implica quando o terrorismo entra na vida de um país".Nseir informou que os terroristas são das mais diversas nacionalidades "82 ou mais", afirmou. Segundo ele, o povo sírio está determinado a resistir e combater este terrorismo que é perpetrado pelos mais diversos grupos: Estado Islâmico, ISIS, Frente Islâmica, entre outros tantos, todos ligados à Al Qaeda.

Quanto ao estreitamento dos laços entre os dois países, Nseir destacou que seria muito interessante se esta relação se estendesse ao parlamento, inclusive com um apoio maior na área humanitária, com doações de todo o tipo – alimentos, medicamentos, o que for possível – uma vez que por onde estes grupos terroristas passaram deixaram um rastro de destruição em toda a infraestrutura até então existente. Além disso, há que se considerar as dificuldades aumentadas pelo bloqueio sofrido pela Síria.

Jô Moraes, presidente da Comissão, explicou que a preocupação com o país é muito grande e que "recuperar o clima de estabilidade na Síria é uma prioridade" e destacou que debates sobre terroristas não podem ser contaminados por preconceitos contra árabes.

A deputada se prontificou a verificar junto ao Ministério das Relações Exteriores quais as possibilidades de se ampliar a ajuda humanitária oferecida até agora e propôs a realização de uma audiência pública para buscar outras formas de apoio, como em missões de paz das forças armadas, a exemplo do que hoje ocorre no Haiti.

 

 

 

Cláudia Guerreiro

Assessora de comunicação da CREDN

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