Debate sobre mudanças climáticas e a importância das pesquisas na Antártica movimenta a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional

O Professor Jefferson Cardia Simões que leciona Geografia Polar no Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul se reuniu com a deputada Jô Moraes (PCdoB/MG), que é a presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara Federal.
16/04/2015 19h05

Foto: Ana Maria Prestes Rabelo

Debate sobre mudanças climáticas e a importância das pesquisas na Antártica movimenta a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional

Deputada Jô Moraes e o Professor Jefferson Cardia Simões

Na pauta do encontro, as pesquisas do Programa Antártico Brasileiro. O Professor Simões, que é representante brasileiro no Comitê Internacional de Pesquisas da Antártica, explicou que a relevância dos estudos na região  se dá uma vez que o nosso clima é gerado pela circulação do ar e dos oceanos - e, nesse aspecto, a região da Antártica é tão importante para o Brasil quanto a Amazônia. Segundo ele, o Programa Antártico Brasileiro está se reestruturando para atender questões que afetam o ambiente e o cotidiano da população do país, com foco no aperfeiçoamento das previsões climáticas e meteorológicas. Os estudos são feitos, por exemplo, com medições da variação do gelo - já que o derretimento aumenta o nível do mar e afeta diretamente a costa do Brasil. 

O Professor Simões cita ainda pesquisas ligadas à camada de ozônio e explica que os cientistas também estão analisando como os poluentes da indústria da América do Sul estão afetando o gelo do Planeta. Ainda de acordo com o especialista em geografia polar, os registros científicos obtidos na Antártica deixam evidente a interferência do homem no meio ambiente - ao mesmo tempo em que revelam que as reservas petrolíferas do pré-sal no Brasil estão ligadas à evolução geológica da Antártica.

 

 

Por Ana Maria Prestes Rabelo