Meio ambiente e energia

Comissão discutirá situação da Nanotecnologia no País

01/11/2012 - 19:37  

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável realizará audiência pública no dia 29 de novembro, para discutir a atual situação nanotecnologia no Brasil.

Nanotecnologia é a tecnologia que, usando técnicas e ferramentas específicas, é capaz de organizar átomos e moléculas a fim de dar origem a um produto, processo ou novo material. Por exemplo, um fio metálico poderia ser bem mais fino e bem mais resistente; uma cola poderia ser mais forte, etc.

A nanotecnologia está presente no mercado mundial de produtos químicos, farmacêuticos, de informática (placas de vídeo, processadores, circuitos integrados), na medicina (diagnóstico, tratamento), na engenharia de construção, em equipamentos domésticos e etc. Estima-se que até 2015 serão investidos 3 trilhões de dólares (cerca de R$ 6 trilhões) no setor em todo mundo.

Regulamentação do setor
O governo brasileiro criou uma rede nacional de Nano, que reúne um grupo de pesquisadores da área. Recursos foram disponibilizados para a pesquisa e ela já está incorporada nas principais universidades brasileiras.

Porém o Brasil não possui uma regulamentação para o assunto. Não existe controle sobre essa tecnologia que pode causar danos ambientais e à saúde. Não se sabe ao certo quais os riscos a população está exposta.

Segundo o deputado Sarney Filho (PV-MA), o propósito da audiência é averiguar qual é a situação da Nanotecnologia no país. “Queremos saber até onde avançamos com as pesquisas e o que produzimos para o mercado nacional. Também precisamos saber o que estamos importando e o volume. Se alguém controla a entrada desses produtos, e o que dizem as pesquisas com relação aos possíveis danos ambientais e à saúde humana, provocados pela nanotecnologia”, diz o deputado.

Convidados
Serão convidados para o debate, além de representantes dos ministérios do Meio Ambiente e da Saúde:
- o professor do departamento de física da Universidade Federal de Pernambuco Eronides Felisberto Silva Junior;
- o coordenador da rede de pesquisas em Nanotecnologia (Renanosoma), Paulo Martins;
- a coordenadora do projeto de Nanotecnologia da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), Arline Arcuri;
- o estudioso de regulação e professor do programa de pós graduação em direito da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), no Rio Grande do Sul, Wilson Engellmann; e
-o integrante do Dieese/Sindicato dos Químicos do ABC paulista, Thomaz Ferreira Jansem.

Da Redação - RCA

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