Para marcar o Dia da Consciência Negra, a Câmara dos Deputados abre, na próxima segunda-feira (20/11), a exposição “Pensamento negro no Brasil: uma conexão ancestral”. A mostra exalta personalidades negras que abriram caminhos no direito, na saúde, nas ciências exatas e na cultura, como o advogado Luiz Gama, o médico Juliano Moreira, a engenheira Enedina Alves Marques e a escritora Maria Firmina dos Reis.

A mostra, realizada pelo Centro Cultural, tem como inspiração os símbolos Adinkra, um sistema de escrita ideográfica transmitido de geração em geração em algumas nações africanas para comunicar ideias filosóficas, códigos de conduta e normas sociais. Como a exposição tem também uma proposta interativa, os visitantes poderão escrever, dentro da ilustração de um frondoso baobá, nomes de pensadores negros que os influenciaram. Para muitos povos da África, o baobá simboliza força e resistência.

Na exposição também será possível acessar por QR code uma playlist sobre resistência negra, que mescla músicas de vários estilos musicais, compositores e intérpretes. Além disso, serão projetados dois vídeos: num deles, a escritora Conceição Evaristo dá entrevista sobre as “escrevivências” em sua vida; no outro, a coreógrafa e pesquisadora Jô Gomes apresenta uma performance de dança afro.

Sessão solene e iluminação

Também no dia 20 de novembro, será realizada, às 10h, sessão solene no Plenário Ulysses Guimarães para marcar o Dia da Consciência Negra. Logo depois, a porta-bandeira Vilma Nascimento, de 85 anos, baluarte da escola de samba Portela, vai desfilar no corredor, fazendo uma espécie de abre-alas da exposição.

Além da exposição e da sessão solene, a Câmara receberá iluminação laranja pelo Dia da Consciência Negra, que faz referência à morte, em 1695, de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.