Política e Administração Pública

Líder do PCdoB critica afastamento da governadora eleita de Roraima

Orlando Silva disse que a crise fiscal e o crime organizado em presídios são questões compartilhadas por vários estados e não justificam a remoção de um governante eleito

11/12/2018 - 18:33  

A votação do pedido de intervenção federal em Roraima (MSC 703/18) sofre obstrução do PCdoB. O líder do partido, deputado Orlando Silva (SP), disse ver com preocupação o afastamento da governadora eleita, Suely Campos (PP), ainda que falte pouco tempo para o fim do mandato. O governo federal decretou intervenção no estado até 31 de dezembro de 2018.

“Amanhã ou depois podemos nos deparar com uma decisão de um presidente da República, ratificada por uma maioria eventual no Parlamento, que poderá violar a decisão das urnas de eleger um governador”, disse.

Orlando Silva lembrou que Suely Campos teve a opção de renunciar ao mandato em vez de deixar ser destituída do cargo. O decreto nomeia como interventor o governador eleito nas últimas eleições de outubro, Antonio Denarium (PSL).

Crise na segurança
Roraima passa por uma crise na segurança pública, com paralisação de servidores da área em protesto pelo atraso de salários e tensão em presídios locais, dominados por facções criminosas.

Silva disse que a crise fiscal e o crime organizado em presídios são questões compartilhadas por vários estados e, portanto, não justificam a remoção de um governante eleito.

O deputado Esperidião Amin (PP-SC), no entanto, disse que a intervenção busca melhorar a condição de vida da população de Roraima. “É uma barbaridade não votar esta intervenção, porque o estado está exaurido”, disse.

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Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli

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