Política e Administração Pública

Dilma Rousseff promete diálogo e mudanças em discurso de vitória

26/10/2014 - 22:22  

TV CÂMARA
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A presidente reeleita votou pela manhã em Porto Alegre; ela prometeu mudanças na economia.

No primeiro discurso depois de reeleita, a presidente Dilma Rousseff agradeceu ao apoio da militância e fez menção especial ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chamou de “militante número um das causas do povo e do Brasil”. Lula e Dilma também foram ovacionados pela plateia que acompanhou o discurso feito em um hotel em Brasília. A presidente reeleita não mencionou no seu discurso o candidato derrotado Aécio Neves (PSDB), mas pediu mais de uma vez o aumento do diálogo e a união do País.

Dilma Rousseff disse que reforma política será uma de suas prioridades, com enfoque em um plebiscito para consultar a população sobre os pontos que deverão ser alterados. Esse plebiscito foi proposto por Dilma em junho do ano passado, como resposta às manifestações populares. O PT chegou a apresentar um projeto na Câmara convocando o plebiscito (PDC 1258/13).

“Entre as reformas, a primeira e mais importante deve ser a reforma política. Meu compromisso é deflagrar essa reforma, que é responsabilidade constitucional do Congresso e deve mobilizar a sociedade por meio de um plebiscito”, disse.

A presidente eleita também se comprometeu com o combate à corrupção. “Com o fortalecimento de instituições de controle e propondo mudanças na legislação para acabar com a impunidade, que é a protetora da corrupção”, disse.

Na economia, Dilma disse que fará mudanças para a retomada do crescimento, combaterá “com rigor” a inflação e avançará no terreno da responsabilidade fiscal. Para isso, ela pediu a participação dos setores econômicos. “Quero parceria de todos os segmentos e setores produtivos e financeiros nessa tarefa, que é responsabilidade de cada um”, disse.

Diálogo e União
Diante de um resultado nas urnas que demonstra um País dividido, Dilma Rousseff passou grande parte do seu discurso pedindo a união e a opção pelo diálogo para concretizar as mudanças pedidas na eleição. Ela disse não acreditar que o Brasil saíra das urnas rachado.

“Não acredito sinceramente que essas eleições tenham dividido o País ao meio. Entendo, sim, que elas mobilizaram ideias e emoções às vezes contraditórias, mas movidas por um sentimento comum: a busca de um futuro melhor”, disse.

Para Dilma, o “calor” liberado durante essa disputa acirrada deve ser usado como “energia construtiva” de um novo momento no Brasil. “Com a força desse sentimento mobilizador, é possível encontrar pontos em comum e construir com ele a base de entendimento para fazermos o Brasil avançar”, afirmou.

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Janary Júnior

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