O grau de controle do Estado sobre as armas de propriedade de seus cidadãos é assunto dos mais relevantes e polêmicos. Dificilmente, passamos alguma semana sem que o tema seja trazido para as discussões na grande mídia e nas redes sociais. Essa realidade se reflete, por óbvio, no Parlamento, vez que os representantes do povo brasileiro se dedicam a discutir, efetivamente, os efeitos de se flexibilizar ou enrijecer tal controle. 

    Ocorre que, num quadro de violência como o enfrentado por nossa sociedade no dia a dia, buscar entender a complexidade do tema é essencial. Permitir que mais cidadãos tenham acesso a armas impacta os índices da segurança pública de que forma? Aumenta-se ou se diminui o número de mortes violentas? Qual o impacto sobre os acidentes domésticos envolvendo crianças? A liberação de aquisição e de porte de armas para os cidadãos dissuade ou induz os criminosos a cometerem outros crimes?

   Essas são questões que procuraremos abordar ao longo dessa edição do “Fique por dentro”. O maior objetivo é fornecer subsídios para que cada um dos leitores possa se posicionar, a partir da apresentação isenta e transparente de argumentos favoráveis e contrários ao maior rigor no controle de armas no Brasil.

Consultoria Legislativa, em 07 de dezembro de 2017.

Vitor Hugo de Araujo Almeida