Audiência Pública na CVT discute problemas nas travessias de balsas entre Santos e Guarujá em São Paulo
A Comissão de Viação e Transportes (CVT) realizou nesta terça-feira, 25, na Câmara dos Deputados, audiência pública para discutir os diversos problemas existentes no sistema de travessias de balsas entre os municípios de Santos e Guarujá.
Entre as dificuldades apontadas, foram questionadas a tarifa cobrada para atravessar, a demora para embarcar e também as filas prioritárias. O requerimento n°8/2019 foi de iniciativa da Deputada Rosana Valle (PSB-SP) e subscrito pelo Deputado Júnior Bozzella (PSL-SP).
Convidado para participar do debate, Milton Roberto Persoli, presidente da empresa de Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), destacou que, no momento, a empresa não oferece serviço de manutenção preventiva. “Não temos condições nesse momento de oferecer o serviço de manutenção preventiva, nós não temos frota extra para retirar uma das balsas de operação, não temos frota reserva, não temos uma manutenção preventiva que possa nos dar uma condição melhor de segurança na travessia”, destacou o presidente.
Durante a audiência, a Deputada Rosana Valle ressaltou que, em conversa com o governador do Estado João Dória (PSDB-SP), ficou claro que estão em curso planos para a extinção da Dersa, e destacou os preços cobrados na travessia. “Nos automóveis comuns os motoristas pagam R$ 12,30 numa travessia de 4min, os passageiros R$ 3,10 ida e volta. E em relação à privatização do sistema, eu não consigo entender como um sistema deficitário e uma tarifa alta que já é paga pelos os usuários, é possível fazer dar certo sem o aumento da tarifa, não consigo entender”.
Representando a prefeitura de Santos, Júlio Eduardo, Secretário de Desenvolvimento Urbano do município, apontou os problemas mais frequentes na sua região, um deles foi a prioridade. “Não é que não deva existir, mas hoje a prioridade está sendo uma válvula de escape para as pessoas utilizarem essa sistemática para conseguir ter vantagem na fila da balsa”, pontuou com o secretário.
Alexandre Caleanos, Diretor de Trabalho e Transporte Público do município de Guarujá, destacou que a cidade necessita de algumas ações no sistema de funcionamento do bolsão da região. “Vamos levar para o conhecimento da Dersa, para que a gente consiga de repente alterar o local da fila, melhorar o bolsão para resolver de fato todo o problema”, finalizou.
Para finalizar, o presidente da Dersa esclareceu que um problema que a empresa está lutando para vencer é sobre a questão dos contratos das empresas responsáveis pela manutenção. “É um dos problemas que estamos começando a vencer, pois encontramos contratos pequenos celebrados em 2018 de empresas que trabalhavam só de segunda à sexta das 8h às 18h. Empresas que não trabalhavam no final de semana nem nos feriados, mas já estamos trabalhando firmes nesse problema”.
Estagiária de jornalismo: Nazália Barros
Sob supervisão da CVT