A CVT realizará audiência pública com o objetivo de encontrar soluções para o Aeroclube de São Paulo
Participarão dos debates as autoridades: Tarcísio Gomes de Freitas – Ministro da Infraestrutura; Ronei Saggioro Glanzmann – Secretário Nacional de Aviação Civil; José Ricardo Botelho – Agência Nacional de Aviação Civil; Martha Sellier - Presidente da Infraero; Luiz Antônio de Oliveira – Presidente do Aeroclube de São Paulo.
Sobre o Aeroclube de São Paulo
Instituição que completará 88 anos de história em 2019, corre o risco de fechar as portas de forma repentina e irreversível nos próximos dias. Sendo o aeroclube mais antigo do Brasil em atividade, tendo formado milhares de pilotos para a aviação brasileira e internacional, jamais interrompeu suas atividades de formação aeronáutica e tem sua trajetória intimamente ligada à fundação do Aeroporto Campo de Marte. O Aeroclube de São Paulo que se estabeleceu no Aeroporto Campo de Marte, por uma estratégia de desenvolvimento e formação de pilotos e incentivo à aviação brasileira por parte do Governo Federal, responde ao processo de reintegração de posse proposto pela Infraero. O espaço que já teve concessão vitalícia hoje tem liminar para desocupação nos próximos dias. A instituição que é regulamentada pela ANAC não tem prazo suficiente para pedir a certificação de qualquer outra instalação a tempo de manter suas atividades e compromissos com a comunidade aeronáutica. O processo de alteração de endereço estabelecido pelo RBAC 141 (Regulamentos Brasileiros da Aviação Civil) em seu item 141.25 requer pelo menos 60 dias de antecedência para informar a ANAC de uma transferência de endereço. Atualmente o aeroclube possui mais de uma centena de alunos matriculados nos cursos de Piloto Privado, Piloto Comercial, Instrutor de Voo e Comissário. Além de compromissos assumidos com centenas de associados, colaboradores e fornecedores. O Aeroclube é muito mais que uma escola de aviação quase centenária, é uma instituição que vai além dos voos, além da paixão humana por voar, além do desenvolvimento de uma indústria aeronáutica forte, além da formação de profissionais que nutrem a aviação nacional, o Aeroclube é movido por pessoas e não pode morrer com o fechamento compulsório e repentino de suas portas. Uma nação que não preserva sua história, que não fortalece instituições tradicionais e que permite a desmobilização ou desmonte dessas diante de interesses variados, não pode de fato ser grande. A aviação brasileira não pode sofrer com o desinteresse público, sem o reconhecimento da importância e o respeito dessa indústria vital para o desenvolvimento da nação.