Vila do Pan: cerca de R$ 500 mil para reparar danos

29/05/2007 14h45

Este é o custo estimado para consertar a destruição no local. Mas ainda não foi definido quem é que vai pagar
Silvio Barsetti

RIO - Os custos para os reparos dos danos causados por dois acidentes na Vila Pan-Americana devem chegar próximos dos R$ 500 mil, mas ainda não houve definição sobre quem arcará com as despesas.
A Agenco, responsável pela construção dos prédios da Vila, se pronunciou até agora apenas por e-mail, no qual admite imprevistos na “sustentação das redes externas das companhias concessionárias, em alguns pontos localizados, com reflexo em jardins, vias e calçadas.”
Já a SaneRio, empresa contratada pela prefeitura para, entre outros compromissos, construir vias de acesso ao condomínio, não quis se manifestar oficialmente sobre os acidentes.

Os problemas na Vila, com destruição parcial de lajes e estacas, após afundamento de solo, são objetos de análise de um perito da Univeridade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e de uma comissão do Conselho Regional de Engenharia (Crea), do Rio, que adiou para esta terça visita de inspeção ao local de um dos acidentes, na via reservada para atletas, a de número 5.

Nesta segunda, o ritmo de trabalho no local foi intenso. Na faixa destruída da via 5, superior a 200 metros contínuos, operários trabalhavam sob o olhar preocupado de engenheiros da Agenco. Há o temor de que a via não esteja recuperada até o dia 3 de julho, data prevista para a chegada dos primeiros atletas à Vila Pan-Americana. Para tentar acelerar o trabalho de reparo e diminuir os custos, engenheiros estudam a hipótese de não retirar as estacas quebradas na via 5 e fincar outras ao lado das que sofreram processo de ruptura.

O vereador Eliomar Coelho (PSOL), que conseguiu a aprovação de uma CPI no Rio para apurar em detalhes os gastos com os Jogos, disse que a Câmara de Vereadores vai querer ter acesso ao projeto da Vila, a fim de saber se “a análise do solo no local dos acidentes foi bem feita” ou “se não foi seguida à risca”.

Ele quer também um esclarecimento público dos responsáveis pela obra sobre o que provocou os acidentes - em abril e em maio - e ainda informações a respeito do comprometimento ou não dos prédio. “No mínimo, houve certa displicência na execução das obras. E isso é muito preocupante.”

 

Fonte: Portal Estadão