Todos juntos pela Copa 2014

16/02/2009 08h25

Faltam apenas cinco anos para a realização da Copa do Mundo no Brasil. O ano de 2014 está cada vez mais próximo, o tempo passa numa velocidade incrível e já estamos trabalhando para Salvador se consolidar de uma vez por todas como uma das capitais que sediarão a maior festa de futebol do planeta.

É muito importante para a cidade receber um evento de grande porte, de visibilidade internacional. O município ganha projeção, vende-se como destino turístico, movimenta sua economia, recebe recursos para investimentos em infraestrutura, gera emprego e renda e pode, a partir dali, iniciar um novo momento de desenvolvimento socioeconômico.

Não é à toa que os países do mundo inteiro promovem uma acirrada disputa para abrigar as Olimpíadas, a Copa do Mundo, os Jogos Pan-americanos e outros importantes torneios do mundo esportivo. As cidades que organizam eventos desse porte passam por verdadeiras transformações, a exemplo da própria Pequim e de Barcelona.

Além da área esportiva, lembro também a Expo 98, em Portugal, que iniciou decisivamente uma autêntica transformação de uma área às margens do Tejo, que recebeu investimentos comerciais, hoteleiros e residenciais, além de infraestrutura viária. Na época, o que parecia impossível: as chamadas indústrias sujas foram transferidas e os rios Trancão e Tejo passaram por rigoroso processo de despoluição.

Mas voltemos à Copa do Mundo de 2014. Somos carentes da presença da nossa Seleção, que esteve em Salvador há 10 anos, quando empatou em dois gols com o poderoso time da Holanda. Precisamos muito sediar a Copa, mas para isso temos que estar unidos: prefeitura, governo do Estado e sociedade civil organizada, sempre contando com o apoio decisivo do governo federal.

Sem a união de todos, sem investimentos públicos e privados, teremos que assistir à Copa pela televisão ou internet. O assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, em entrevista a um jornal local, foi muito enfático: "A Copa é no Brasil, mas não do Brasil". Ou seja, temos que nos adaptar às rigorosas exigências da Fifa. O que os técnicos mais observam, além do estádio, é a infraestrutura, principalmente, no sistema de transporte. Aí, leia-se, aeroporto e mobilidade urbana. Sem falar, obviamente, no setor hoteleiro.

A prefeitura tem levado estes assuntos a sério, sem medo de enfrentar desafios, sem receios de quebrar mitos, mexendo nas chamadas feridas urbanas. Já estamos desenvolvendo um master plan de toda a nossa orla marítima, um projeto audacioso e fundamental para uma cidade turística e de serviços. Acredito que, brevemente, não teremos mais uma orla caracterizada pelo abandono, e, sim, a mais bonita orla do País. Nada resiste ao trabalho.

No turismo, continuamos o trabalho no sentido de atrair investidores. Aos poucos vamos consolidando Stella Maris como polo hoteleiro. Grupos internacionais estão investindo no centro da cidade. Nos próximos meses, as obras do Grupo Hilton serão iniciadas bem em frente ao Mercado Modelo. Salvador vai se transformando e se preparando para ser premiada com a Copa do Mundo.

Quanto à mobilidade, no tocante ao transporte público, outro grande estudo já está maturado e pronto para implementação – é a Rede Integrada de Corredores de Transportes de Salvador, um projeto de tecnologia moderna, valendose de um sistema de veículos sobre pneus de alta per formance, que mudará o perfil do atual serviço de transporte da cidade, com baixo custo e rápida implantação se comparado a qualquer sistema sobre trilhos.

Esse conjunto de corredores permitirá o acesso aos principais destinos da cidade, interligando aeroporto, Centro Histórico, região do Iguatemi e Acesso Norte, bem como a área hoteleira, sendo importante para a Copa do Mundo, mas sendo melhor ainda para a população de Salvador nos seus deslocamentos diários.

Quanto ao trânsito de automóveis, esse projeto prevê a solução dos principais conflitos de tráfego existentes na cidade, através da construção de viadutos e passagens de nível de forma a minimizar a necessidade de semáforos e conflitos entre pedestres, automóveis e ônibus. A Copa do Mundo em Salvador não é mais um sonho. Está cada vez mais perto de se tornar uma realidade. Um gol de placa.

Fonte: João Henrique - Prefeito de Salvador