Romário quer debater futebol e ditadura na CTD
O parlamentar quer saber que tipo de vínculo o dirigente teve com o regime civil-militar, entre 1964 e 1985, período em que o jornalista paulista Vladimir Herzog morreu enquanto preso político. "Com certeza, muita coisa ainda falta ser esclarecida, e a sociedade brasileira tem o direito de conhecer toda a verdade", afirmou.
Segundo o deputado carioca, essas suspeitas são graves porque Marin está no comando da principal instituição do nosso futebol, a CBF. "Nós, atletas e ex-atletas, ficamos desconfortáveis com esse tipo de situação, principalmente num momento em que o Brasil se expõe ao mundo ao se preparar para receber megaeventos esportivos."
Assim como no primeiro discurso, Romário também questionou sobre o faturamento da CBF com a Seleção Brasileiro e o destino desses recursos.
"Não podemos esquecer que a nossa Seleção gera expressivos recursos financeiros à CBF, graças à exploração dos nossos símbolos: o nome do país, o hino, a bandeira e suas cores. Eles geram dividendos que ultrapassam os 100 milhões por ano, só de patrocínio, sem que tenhamos a transparência devida sobre a destinação desse dinheiro".