Reunião debate uso de biodiesel nos Jogos Olímpicos 2016
Representantes da Agência Nacional de Petróleo
(ANP), da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio
de Janeiro (Fetranspor) e de distribuidoras de combustível, debateram na
sexta-feira (05/09) na Secretaria de Transportes do Rio, os preparativos para
viabilizar o uso do B20 – biodiesel misturado na proporção de 20% ao diesel
tradicional – durante os Jogos Olímpicos de 2016, caso o Brasil saia vitorioso
na disputa com Madri, Tóquio e Chicago.
A reunião foi coordenada pela
Agência Metropolitana de Transportes Urbanos (AMTU), que irá preparar uma carta
compromisso a ser assinada, até o final deste mês, entre as empresas
distribuidoras de combustível, montadoras e o governo do Estado, para dar início
aos testes experimentais.
Segundo Waldir Peres, superintendente de
Gestão da AMTU, os Jogos Mundiais Militares, que serão realizados em 2011, e a
Copa do Mundo, em 2014, serão utilizados como estratégia para a divulgação do
biodiesel. Ele acredita que esta será uma ótima oportunidade para dar
visibilidade ao produto brasileiro no cenário internacional. Para Waldir, a
iniciativa serve como mais um atrativo para chamar a atenção do Comitê Olímpico
Internacional (COI) para o Rio de Janeiro, já que o biodiesel, quando misturado
ao diesel tradicional, polui menos o ambiente.
“Podemos selecionar as
linhas que passam nos principais clusters previstos para os Jogos, que
serão Deodoro, Barra da Tijuca, Zona Sul e Maracanã, e identificar os ônibus que
utilizam o biodiesel. Entre março e maio teremos a visita do COI e seria muito
importante que nós já tivéssemos algumas linhas de ônibus e barcas rodando com o
B20 em caráter experimental. São cerca de 1.600 ônibus destinados para a Família
Olímpica, e acredito que nós possamos utilizar o biodiesel em outras linhas
também”, comentou Waldir Peres.
Para que algumas linhas possam utilizar
o B20 já em março, a ANP terá de autorizar os testes. Para isso, o primeiro
passo será o envio, pela Fetranspor, de um pedido de autorização à agência. Após
a aprovação, as linhas poderão circular com o percentual permitido pela ANP. O
passo seguinte será o equacionamento, entre as distribuidoras de combustível e
as montadoras, dos custos de operação.
Fonte: Agência
Metropolitana de Transportes Urbanos do Rio de Janeiro