Reunião debate uso de biodiesel nos Jogos Olímpicos 2016

09/09/2008 17h10

Representantes da Agência Nacional de Petróleo (ANP), da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) e de distribuidoras de combustível, debateram na sexta-feira (05/09) na Secretaria de Transportes do Rio, os preparativos para viabilizar o uso do B20 – biodiesel misturado na proporção de 20% ao diesel tradicional – durante os Jogos Olímpicos de 2016, caso o Brasil saia vitorioso na disputa com Madri, Tóquio e Chicago.

A reunião foi coordenada pela Agência Metropolitana de Transportes Urbanos (AMTU), que irá preparar uma carta compromisso a ser assinada, até o final deste mês, entre as empresas distribuidoras de combustível, montadoras e o governo do Estado, para dar início aos testes experimentais.

Segundo Waldir Peres, superintendente de Gestão da AMTU, os Jogos Mundiais Militares, que serão realizados em 2011, e a Copa do Mundo, em 2014, serão utilizados como estratégia para a divulgação do biodiesel. Ele acredita que esta será uma ótima oportunidade para dar visibilidade ao produto brasileiro no cenário internacional. Para Waldir, a iniciativa serve como mais um atrativo para chamar a atenção do Comitê Olímpico Internacional (COI) para o Rio de Janeiro, já que o biodiesel, quando misturado ao diesel tradicional, polui menos o ambiente.

“Podemos selecionar as linhas que passam nos principais clusters previstos para os Jogos, que serão Deodoro, Barra da Tijuca, Zona Sul e Maracanã, e identificar os ônibus que utilizam o biodiesel. Entre março e maio teremos a visita do COI e seria muito importante que nós já tivéssemos algumas linhas de ônibus e barcas rodando com o B20 em caráter experimental. São cerca de 1.600 ônibus destinados para a Família Olímpica, e acredito que nós possamos utilizar o biodiesel em outras linhas também”, comentou Waldir Peres.

Para que algumas linhas possam utilizar o B20 já em março, a ANP terá de autorizar os testes. Para isso, o primeiro passo será o envio, pela Fetranspor, de um pedido de autorização à agência. Após a aprovação, as linhas poderão circular com o percentual permitido pela ANP. O passo seguinte será o equacionamento, entre as distribuidoras de combustível e as montadoras, dos custos de operação.


Fonte: Agência Metropolitana de Transportes Urbanos do Rio de Janeiro