Rebelo quer institucionalização do esporte

Ao admitir uma “grave omissão” do governo em relação ao esporte no Brasil, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, defendeu, durante audiência pública na Comissão de Turismo e Desporto da Câmara realizada nesta quarta-feira (7), a institucionalização do esporte no País por meio de um plano nacional, nos moldes do adotado para a Educação. “O esporte não pode viver de programas e convênios, deve-se buscar a institucionalização por meio de uma política discutida e votada no Congresso Nacional”, sustentou. Segundo ele, essa política deve estabelecer obrigações da União, dos estados e dos municípios para “não deixar que o Ministério do Esporte defina esses programas de acordo com a vontade de cada ministro”.
07/12/2011 18h34

Larissa Ponce

Rebelo quer institucionalização do esporte

Min. Aldo Rebelo participa de audiência na CTD.

A partir de um plano nacional, o ministério deveria apenas organizar as atividades, "como se define o currículo escolar", e repassar os recursos, propõe o ministro. "É muito difícil para o Estado fiscalizar as atividades realizadas em Tabatinga, na fronteira com a Bolívia, mas as prefeituras têm condições de fazer isso", defendeu.

Lei Geral da Copa

Ao responder o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), sobre a liberação da venda de bebidas alcoólicas em estádios, definida na Lei Geral da Copa que está tramitando na Câmara, Aldo Rebelo, afirmou que o tema é delicado e que é a Câmara que deve decidir sobre ele, porque já que vem debatendo o assunto há mais tempo. O ministro defendeu, no entanto, que "não há lei proibindo consumo de álcool em eventos esportivos".

Em sua opinião, a lei deve encontrar um equilíbrio entre a proteção da segurança dos cidadãos e a liberdade individual para consumir álcool. "Ninguém concebe a proibição de bebidas alcoólicas no País, por princípio, beber não é crime", ressaltou.
Rebelo afirmou que o Brasil tem condições de organizar bem a Copa 2014. "Vamos cumprir os cronogramas estabelecidos", garantiu.

ONG's

Quanto à relação do ministério com as organizações não governamentais (ONGs), abordada pelo deputado Rui Palmeira (PSDB-AL), Aldo defendeu a suspensão dos convênios com essas instituições. "Defendo que o ministério não faça convênios com ONGs porque é difícil controlar, prefiro que sejam firmados com entes públicos, porque podem ser fiscalizados e controlados", ressaltou.

 

 

Com Agência Câmara