Punição para cartolas tem de continuar
O deputado Silvio Torres – um dos defensores da moralização no esporte brasileiro e membro da Comissão especial criada para estudar a Lei Pelé - manifestou-se contrário à disposição do relator da Comissão Especial que estuda a reformulação da Lei Pelé, deputado José Rocha, de retirar da legislação em vigor o dispositivo que especifica a responsabilidade dos dirigentes esportivos por gestão temerária e os obriga a arcar até com o seu patrimônio para o pagamento de dividas trabalhistas ou fiscais.
“Vou tentar evitar que tal disparate seja aprovado na Comissão Especial da Lei Pelé e incluído no texto da proposta que a comissão enviará ao plenário da Câmara” – afirmou Torres, acrescentando: “Caso não dê certo, terei uma segunda oportunidade quando projeto de lei for votado no plenário. Apresentarei um destaque e todos os deputados serão obrigados a emitir sua opinião.”
Para o parlamentar paulista, o importante é deixar clara a responsabilidade dos cartolas de clubes, federações e confederação de futebol, em caso de má gestão: “ Não há como ter retrocesso nesta questão.
O Ministro do Esporte, Orlando Silva, em entrevista à imprensa, afirmou que tem mesmo de haver punição para os dirigentes esportivos nos casos de má gestão. E dirigiu um apelo aos deputados para que evitem aprovar qualquer medida de proteção a eles, destacando: “A lei brasileira precisa ser cada vez mais dura na responsabilização da má gestão dos clubes no Brasil. Se o dirigente administra mal e leva o clube à quebradeira, ele tem de responder por isso, inclusive com o seu próprio patrimônio.”
Fonte: Claudio Coletti