Professora Raquel Teixeira: "O Morumbi vai estar pronto para sediar o jogo inaugural da Copa de 2014"
Participaram da reunião o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, o coordenador do Comitê Organizador da Copa de 2014 da cidade de São Paulo, Caio Luiz de Carvalho, o subsecretário estadual de Transportes, João Paulo de Jesus Lopes, e o deputado Walter Feldman (PSDB-SP), ex-secretário de Esporte do município de São Paulo.
A convicção da presidente da Comissão de Turismo e Desporto baseia-se na carta encaminhada pelo presidente da Confederação Brasileira de Futebol e do Comitê Organizador Local da Copa, Ricardo Teixeira, comunicando que o Morrumbi já está apto a acolher os jogos da fase semifinal da competição, apesar de, conforme consignado na correspondência, "a FIFA e o Comitê Organizador Local se reservarem o direito de requerer alterações de projeto até a realização da Copa de 2014". Para adequar o Morumbi às exigências da FIFA, o São Paulo vai lançar mão da linha de empréstimo, no valor global de R$ 4,8 bilhões, criada pelo BNDES para viabilizar a construção e a reforma dos estádios das 12 cidades-sedes, que terão direito, cada, à cota de R$ 400 milhões. A priori, o clube projeta utilizar, desse valor, R$ 150 milhões nas obras para revitalizar o Morumbi, cujo projeto é de autoria do arquiteto Rui Ohtake. De acordo com Juvenal Juvêncio, é complexo, no momento, fazer qualquer tipo de projeção sobre os investimentos para habilitar o Morumbi a ser a sede do jogo inaugural da Copa de 2014. "Primeiramente, não tenho segurança de que o Morumbi será escolhido. Além do mais, a FIFA tem o poder discricionário de mudar, a qualquer momento, sem aviso prévio, as exigências. Se eu tivesse absoluta segurança de que o Morumbi seria o palco do jogo inaugural, as providências para atender as exigências poderiam ser tomadas sem receio de, no meio da partida, as regras do jogo serem mudadas". O presidente do São Paulo ressaltou, durante o encontro com a deputada Professora Raquel Teixeira e o deputado Sílvio Torres, que, além do mais, o noticiário sobre o Morumbi, por ser especulativo, causa impacto e assusta os investidores do setor privado, que ficam receosos de assumir compromissos financeiros com as obras de reconstrução do estádio. Apesar disso, Juvenal Juvêncio fez questão de salientar que "não existe Copa no Brasil sem a presença de São Paulo" e elogiou as iniciativas tomadas tanto pelo governo do Estado quanto pela prefeitura paulistana. Segundo ele, foi feito um plano magnífico em matéria de mobilidade urbana, que constituirá um excepcional legado social, assegurando ganhos fantásticos para a população da cidade. A deputada Professora Raquel Teixeira demonstrou preocupação com a necessidade de a Copa de 2014 garantir legados ambientais, atendendo, assim, as demandas da FIFA no sentido de o Mundial do Brasil caracterizar-se como a Copa Verde. Caio Luiz de Carvalho assegurou que o projeto de reconstrução do Morumbi e os planos desenvolvidos pelo governo estadual e pela prefeitura contemplam soluções contemporâneas para que o evento caracterize-se como ambientalmente correto, estando previsto um projeto de neutralização de emissões de carbono. Quanto à possibilidade de, caso a FIFA vete o Morumbi como palco do jogo inaugural da Copa de 2014, Caio Luiz de Carvalho reafirmou que nem o governo do Estado nem a prefeitura de São Paulo dispõe de plano B: "Seria criminoso investir na construção de um novo estádio. Essa é uma hipótese inexistente. O São Paulo está fazendo todos os esforços para habilitar o Morumbi. Além disso, a cidade, em matéria de infraestrutura, atende todas as exigências da FIFA, pois possui todos os equipamentos, de hospitais a hotéis, necessários para hospedar a população flutuante que demandará a cidade para assistir, no máximo, a seis jogos da competição". Presidente da Subcomissão de Fiscalização e Controle dos Gastos Públicos com a Organiação da Copa de 2014, o deputado Sílvio Torres manifestou preocupação com as deficiências existentes em matéria de infraestrutura aeroportuária, em virtude da indefinição do governo federal quanto à implantação do terceiro terminal de passageiros do aeroporto de Guarulhos, cujo projeto só será licitado em 2011. Apesar de existir um compromisso de que o TPS 3 estará pronto para a Copa das Confederações, em 2013, a opinião unânime foi de que prevalecerá a decisão de construir instalações temporárias em Guarulhos para ampliar a capacidade de atendimento do aeroporto. "Deverão ser construidos puxadinhos provisórios, ao preço de R$ 2.500,00 o metro quadrado, para solucionar, providencialmente, a questão da saturação dos aeroportos brasileiros", previu o coordenador da Copa de 2014 em São Paulo. Depois de o subsecretário de Transportes, João Paulo de Jesus Lopes, apresentar o planejamento de mobilidade urbana da cidade, que prevê investimentos por parte do governo do Estado e da prefeitura da ordem deR$ 33,4 bilhões, a deputada Professora Raquel Teixeira fez questão de consignar que "nenhum outro local do Brasil tem as condições que São Paulo oferece para realizar a abertura da Copa de 2014". A próxima visita técnica conjunta da Comissão de Turismo e Desporto e da Subcomissão de Fiscalização da Copa de 2014 acontecerá no dia 1o. de junho, no Rio de Janeiro, com visita técnica ao Maracanã e reunião com a secretária estadual de Esporte, Márcia Lins.