Primeiro debate sobre a Copa do Mundo de 2014 teve início no dia 30 de junho

01/07/2009 05h25

A Câmara dos Deputados serviu de cenário no dia 30 de junho para o primeiro debate sobre a Copa do Mundo de 2014. O encontro foi realizado pelas Comissões de Turismo e Desporto; Fiscalização Financeira e Controle e de Desenvolvimento Urbano. Esse encontro dá início a uma série de audiências que serão realizadas para tratar do maior evento mundial de futebol.
A primeira audiência teve como enfoque debater sobre as providências relativas à organização da Copa do Mundo de 2014. O assunto foi explanado pelo presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco), José Roberto Bernasconi; e o diretor-executivo da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Bruno Batista.
Na oportunidade, Bernasconi comentou sobre a preocupação frente a esse evento que já faltam cinco anos para a sua realização. Ele destacou sobre a necessidade das autoridades competentes pressionarem a Federação Internacional de Futebol (Fifa) no que se refere a decisão das sedes dos jogos de abertura e de encerramento da Copa, já que as normas são diferenciadas. O Caderno de Encargos da Fifa, que traz as exigências da entidade para a realização dos jogos, diz que para receber o jogo inaugural ou final da Copa o estádio deve ter capacidade para 60 mil expectadores. Mas as outras partidas requerem arenas com apenas 40 mil lugares. O presidente destacou a necessidade de elaborar um PAC específico para a Copa de 2014, além da gestão desses recursos. Ainda destacou sobre a importância do trabalho da Câmara dos Deputados no processo de organização e fiscalização da aplicação de recursos da Copa.
Mobilidade Urbana
O diretor-executivo da CNT apresentou um estudo sobre mobilidade. Batista comentou que dos 87 mil quilômetros de rodovias pesquisadas 73,9% apresentaram algum tipo de problema e apenas 26 mil quilômetros, concentrados na Região Sudeste, estão classificados entre ótimos e bons. O sistema de transportes também é outra preocupação apresentada por Batista. Ele calcula que os investimentos necessários devem ser de aproximadamente R$ 250 bilhões, com o propósito de deixar o País preparado para a competição. O diretor enfatizou sobre a importância de melhorar os acessos entre as cidades que receberão os jogos. A CNT avalia que é necessário construir dois aeroportos e ampliar 25, além de melhorar as pistas de vários outros.
O presidente da CTD, deputado federal Afonso Hamm (PP-RS) comenta que esse debate foi para debater sobre as obras necessárias de infraestrutura, reformas dos aeroportos, transporte e rodovias. Hamm destaca que no Rio Grande do Sul, no município de Porto Alegre são necessários 2,6 bilhões de investimentos. Desse total, R$ 2,4 bilhões serão para obras de 30 quilômetros do metro e mais R$ 85 milhões na reforma do aeroporto. “Também existe a necessidade de estabelecer corredores exclusivos para transporte até o local do evento”, assinala.
Afonso Hamm ainda enfatiza que após a Copa do Mundo ficará um legado muito grande ao Brasil e principalmente nas cidades-sedes. “Teremos melhorias da qualidade de vida das pessoas em segurança, infraestrutura, rodovias e mobilidade urbana. Essas obras irão melhorar a vida dos brasileiros”, complementa.
De acordo com o presidente da CTD, a copa é um cenário de oportunidades, é uma forma de colocar o Brasil em destaque mundial, gerar empregos, expandir a base do turismo, mostrar ao Brasil para todos turistas internacionais e propiciar o desenvolvimento do turismo mo interno.
Essa audiência foi solicitada pelos deputados Marcelo Teixeira (PR-CE), da CTD, os deputados Silvio Torres, Rômulo Gouveia e Paulo Rattes, da Comissão de Fiscalização e Eduardo Sciarra, da Comissão de Desenvolvimento Urbano.

Fonte: Márcia Godinho Marinho – Jornalista - Gabinete do deputado AFONSO HAMM