Presidente da Comissão de Turismo defende legalização dos cassinos em congresso internacional
No painel de abertura, que tratou sobre possíveis impactos econômicos e estimativas de contribuições orçamentárias com a legalização dos jogos de azar no Brasil, Herculano falou sobre a importância da legalização dos cassinos para o turismo brasileiro. "Cerca de dois milhões de pessoas viajam o mundo para jogar. Do Brasil, mensalmente, saem cerca de duzentas mil pessoas para visitar cassinos estrangeiros. Ou seja, não termos cassino no nosso país, implica em deixar de faturar milhões, que os turistas estrangeiros e brasileiros gastam quando viajam para jogar", lamentou o deputado.
Herculano, que também é presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Turismo, lembrou que, durante os 12 anos que os jogos foram legalizados no Brasil, os estabelecimentos se proliferaram, gerando empregos e fomentando o turismo. "Turistas do mundo inteiro eram atraídos pelos grandes shows que eram realizados nos complexos onde funcionavam os cassinos. Nos anos 30, os hotéis eram os locais preferidos para se montar esse tipo de empreendimento, que não ofereciam apenas as mesas de baralho e roletas, mas todo um complexo de entretenimento. Quando os cassinos foram proibidos, quase todos complexos foram obrigados a fechar as portas."
Na Câmara e no Senado tramitam projetos que visam a regulamentação dos jogos de azar no Brasil. O texto da proposta (PLS 186/2014) que está sendo analisada no Senado, estabelece que os cassinos deverão funcionar em complexos integrados de hospedagem, cultura e lazer, e levará em consideração as opções de entretenimento e comodidade oferecidas pelo empreendedor, como critério de classificação. "Com isso, os cassinos não irão atrair apenas jogadores, mas turistas que buscam os mais variados tipos de diversão, fomentando muitos segmentos do setor", prevê Herculano.
Participaram do mesmo painel o ex-presidente da Embratur, Vinicius Lummertz e o diretor da Agência de Regulação e Inspeção de Jogos de Portugal, Paulo Duarte Lopes. O moderador foi o presidente do Instituto Brasileiro de Jogos, Magnho José Santos de Souza.
Congresso Internacional
O II Brazilian Gaming Congress é organizado pela empresa britânica Clarion. A primeira edição do evento foi realizada em 2013, reunindo a indústria nacional e internacional para discutir o potencial da regulamentação dos jogos de azar no Brasil. Agora, com as propostas de legalização bastante adiantadas no Congresso Nacional, o trade do setor se reúne novamente para discutir um marco regulatório seguro, que tenha o potencial de gerar impostos, desenvolver o turismo, criar empregos e financiar causas sociais no País.
O congresso é dirigido a operadores, reguladores, e fornecedores de serviços. Entre os temas debatidos estão processo político e o andamento das propostas no Legislativo; modelos de operação de cassinos; controle e execução dos jogos; prevenção de crime organizado e lavagem de dinheiro; modelos mundiais de regulamentação; jogo responsável (ludopatia); tributação e tecnologia para os mercados presenciais e online.
Jane Santin
Assessora de Comunicação