Obras de reforma do Maracanãzinho estão quase concluídas

18/04/2007 11h20

Alba Valéria Mendonça


Oitocentos operários trabalham para aprontar o ginásio para os jogos de vôlei do Pan. Maracanã vai fechar no último domingo de junho.

Com aproximadamente 75% da obra de reforma concluídos, o secretário estadual de Turismo, Esporte e Lazer, Eduardo Paes, tranqüilizou a população do Rio. Na tarde desta sexta-feira (13), ele ofereceu o ginásio Maracanãzinho, no complexo esportivo do Maracanã, na Zona Norte, à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para a realização de uma partida, entre Brasil e Rússia, no dia 16 de junho. Paes garante que o ginásio poliesportivo será entregue no prazo: 30 de maio.

Nos últimos três meses, segundo Paes, o governo do estado fez um esforço muito grande para acelerar as obras no complexo. Problemas como os enfrentados para recuperar a cúpula do ginásio e instalar os sistemas de ar-condicionado, de iluminação e o placar eletrônico foram superados. O Maracanãzinho vai sediar as competições de vôlei do Pan.

O presidente da Empresa de Obras Públicas (Emop), Ícaro Moreno Júnior, disse que 50% das obras do sistema de ar-condicionado estão prontos. Dentro de duas ou três semanas o placar eletrônico importado da China chegará ao ginásio. Rampas, cúpula e iluminação estão entrando em fase de acabamento e as cadeiras nas arquibancadas já começaram a ser colocadas. Para isto, 800 operários estão trabalhando em três turnos durante 24 horas por dia.

“Estamos entrando na reta final. No que depende do estado, temos absolutamente certeza que todos os equipamentos estarão prontos para o Pan, com qualidade, com nível de primeiro mundo, para a estréia em 13 de julho. Na primeira semana de junho todos os equipamentos _ estádio do Maracanã, ginásio do Maracanãzinho, estádio de atletismo Célio de Barros e parque aquático Júlio Delamare e Estádio de Remo da Lagoa – estarão prontos”, disse Eduardo Paes.
Consultoria para melhorar gestão
O secretário disse ainda que, em aproximadamente 15 dias, estará anunciando a empresa de consultoria internacional que nos próximos seis meses vai cuidar do projeto de gestão do complexo esportivo do Maracanã. Paes foi enfático:

“Uma coisa é certa: o Maracanã é imprivatizável. Ele é um símbolo muito forte do Rio e vai continuar sendo um estádio público. Queremos torná-lo rentável, explorar melhor os usos que ele pode ter”, afirmou Paes.

Maracanã reabre dez dias depois do Pan
Para dar continuidade às obras, as restrições de uso de áreas do estádio - como o estacionamento, a calçada da fama e o hall dos elevadores - daqui para frente serão cada vez maiores. O Maracanã fecha no último domingo de junho para a realização da festa de abertura do Pan e só volta a reabrir para os campeonatos carioca e brasileiro dez dias depois dos jogos.

Os outros equipamentos poderão ter concessão de privatização, caso a consultoria considere esta a melhor opção de gestão. O secretário diz que quer acabar com a gerência amadora num dos pontos turísticos mais visitados do Rio.

“O presidente Lula, quando vem ao Rio, quer ver o Maracanã. Os embaixadores, os turistas, todos querem ver o estádio. Mas falta estrutura para torná-lo atraente e lucrativo. Quem sabe com restaurante, bar temático, loja de produtos do estádio podem ser interessantes”, disse Paes.

 

Fonte: G1, no Rio