Brasil recebe cerca de 60 mil estudantes estrangeiros
Fortalecer a vinda de turistas estrangeiros com interesse na educação e na Cultura brasileira. Esse é o objetivo do Bureau Brasileiro de Intercâmbio, criado em maio de 2005, numa parceria do Ministério do Turismo, por meio da Embratur, com a Belta (Brazilian Educational & Language Travel Association).
A parceria também inclui universidades brasileiras, instituições de ensino internacionais, companhias aéreas e empresas de serviços em geral. Seu surgimento faz parte da estratégia da Embratur de apoiar a reunião de setores que têm potencial turístico no exterior.
O Bureau é hoje uma grande associação que trabalha a promoção internacional do turismo de intercâmbio no Brasil. A iniciativa mostra adesão cada vez mais consistente no âmbito interno, com a participação de 26 operadoras altamente qualificadas do segmento de turismo de educação; destaque nas páginas da mídia; e projetos que visam não só a promover os cursos tradicionais de ensino, mas também atividades complementares como danças típicas, esporte, gastronomia e a língua portuguesa.
Os números do setor se mostram promissores. Desde sua criação, o volume de participantes do Bureau Brasileiro de Intercâmbio dobrou, passando de 13 membros para os atuais 26. E a média de crescimento entre as empresas que operam Turismo Educacional Receptivo no último ano foi de 40%. "A expectativa é de duplicar o número de estrangeiros em cinco anos", diz a presidente do bureau, Tatiana Mendes.
Pesquisa realizada para o Brasil, em 2005, pela Language Travel Magazine, conceituada publicação inglesa sobre viagem de estudo, revelou que o País recebe cerca de 60 mil estudantes estrangeiros por ano. Desses, 50 mil vêm para programas de línguas e cursos combinados e outros dez mil para ensino médio, universidade e cursos profissionalizantes. O estudo ainda mostrou que, em cursos de línguas, com atividades combinadas e uma permanência média de seis semanas, cada estudante estrangeiro investe cerca de US$ 2.250 mil na economia brasileira. Em um curso anual, o mesmo estudante deixa cerca de US$ 18.250 mil. O turismo de intercâmbio injeta na economia brasileira anualmente, cerca de R$ 631,300 milhões.
Jornal de Turismo — 28-06-06