Na tocha em Brasília, Lula cobra a finalização das obras do Pan

11/06/2007 14h55

Na cerimônia de passagem da tocha do Pan por Brasília, nesta segunda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terminou o seu discurso com uma cobrança ao ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho.

"O que peço, para o ministro Orlando e para o governador Cabral, é um pente fino das obras do Pan. Que em 30 a 20 dias (para o começo do Pan) tudo fique pronto", afirmou o presidente, numa hora em que improvisava algumas palavras finais na cerimônia que tinha o vice-presidente da República, José Alencar, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e vários ministros. O recado de Lula para as obras chega no momento em que faltam exatamente 32 dias para os Jogos do Rio e nenhuma delas foi finalizada.

O presidente também disse que o Pan é uma chance do Brasil mostrar ao mundo que consegue sediar uma competição de grande porte. "O Pan terá mostrado ao mundo que o Brasil terá capacidade de sediar um evento desta dimensão internacionalmente", continuou com uma lamentação: "Temos pouca chance de sediar uma Olimpíada (o Rio é candidato para as de 2016), mas continuaremos tentando".

Após o pronunciamento, Lula acendeu a tocha na pira improvisada na rampa do Palácio do Planalto e passou ao presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman. Nesta hora, o vento apagou o fogo, como já tinha acontecido no México, com o próprio dirigente esportivo. O presidente da República novamente acendeu e passou ao ex-nadador Gustavo Borges, que junto com a ex-jogador de vôlei Sandra Pires, começaram o revezamento pelas ruas da capital federal.

Outros 23 atletas da cidade carregarão a chama nesta segunda-feira em um percurso que inclui os principais pontos de Brasília e da cidade satélite de Taguatinga.

O fogo, aceso no dia 4 de junho em Teotihuacán (México), chegou ao Brasil na terça-feira passada no aeroporto de Porto Seguro (sul da Bahia).

De lá, junto com a comitiva de políticos, seguiu para Santa Cruz de Cabrália, ainda na Bahia. Nuzman, Orlando Silva Junior, Marta Suplicy (ministra do Turismo) e até o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, acompanhavam o cortejo.

O revezamento deve passar por 51 cidades até chegar ao dia 13 de julho ao Rio de Janeiro, palco dos Jogos. Até agora, Goiânia, Salvador, Vitória (ES), Belo Horizonte (MG), Ouro Preto (MG) e Canindé de São Francisco e Aracaju (em Sergipe) viram a tocha pan-americana passar.

Fonte: UOL PAN2007