Mais uma passo foi dado para a concretização das metas do Plano Nacional do Turismo (PNT - 2007-2010). No dia 31 de agosto, a ministra do Turismo, Marta Suplicy, assinou um convênio com a Federação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, para a elaboração de metodologias que irão mensurar o nível de competitividade dos 65 destinos turísticos propostos no PNT 2007-2010. Os 65 destinos turísticos são frutos de um trabalho realizado pelo Ministério do Turismo (MTur) desde 2003, com o qual todos os Estados brasileiros, mais o Distrito Federal, apresentaram três produtos de qualidade turística. No ano de 2004, foi criado o Programa de Regionalização para ordenar e trabalhar esses novos produtos apresentados. Com a realização do I e II Salão do Turismo - Roteiros do Brasil - foram apresentados os produtos mais lapidados e preparados para a comercialização, dos quais, em sua última edição, no ano de 2006, foram destacados 87 roteiros pelas Unidades de Federação, considerados em estágio avançado de organização. Com o novo PNT, 65 destinos foram priorizados para alcançar a meta de padrão de qualidade internacional, com representantes de todos os Estados do País.
"Esse trabalho mostra o resultado da aposta do governo Lula. O presidente acredita que é possível desenvolver esses destinos com o envolvimento de cada setor, de forma articulada e estruturada", ressaltou a ministra, tirando aplausos de toda a platéia, composta por secretários de turismo de vários Estados contemplados por esta primeira fase do Plano Nacional, além de representantes do trade turístico nacional.
Alguns dos requisitos para ser um dos destinos indutores é a infra-estrutura básica e turística, possuir atrativos qualificados e que possam promover a cidade e não só o roteiro. "Foi preciso avaliar quais destinos tinham força para impulsionar a economia regional, gerar emprego. O turismo é a maior mobilidade social. Em muitos setores os empregados não têm a chance de crescer como no turismo, onde um garçom muitas vezes chega à gerência do restaurante", destacou. Segundo ela, estima-se que esses 65 roteiros beneficiem cerca de 773 municípios.

Convênio
O convênio assinado na manhã do dia 31 firma uma parceria entre MTur e FGV para elaboração de metodologias de competitividade do produto, que segundo o presidente da Fundação, Carlos Ivan Simonsen, em sua primeira fase, por ser um projeto de mensuração, terá um trabalho inicial de captação de opiniões para se conhecer alguns itens dos roteiros, o que deve levar cerca de três meses. A partir daí, serão realizados acompanhamentos para saber o progresso do produto em segmentos a serem analisados, como acesso à localidade, infra-estrutura geral e política, meio ambiente, marketing e promoção do produto turístico, capacidade empresarial, cultural, entre outros.
"O Ministério possui pouco recurso para tantos inves-timentos que ainda precisam ser feitos no Brasil. Com essa análise nós saberemos para onde enviar os recursos", explica Marta Suplicy. Um dos trabalhos realizados pelo MTur para alavancar o desenvolvimento dos produtos turísticos, tem sido o contato direto com os prefeitos, governadores e deputados de cada Estado
para um trabalho conjunto. "Nós conversamos com os prefeitos de cada região para saber suas demandas. Depois levamos esses dados aos governadores, apresentamos aos deputados e esperamos que cada um realize essas medidas", destaca Marta.
Para a ministra, "o Brasil só era competitivo porque tinha preços atraentes para o mercado internacional, mas que hoje não tem. Então, é preciso atrairmos os turistas com nossa beleza natural, preservada e nossa estrutura".
"Todo o programa foi constituído com uma força imensa dos fóruns de secretários e dos comitês de todo o Brasil. Mas o programa só vai funcionar se tivermos o apoio dos prefeitos locais", enfatizou Marta Suplicy.