Ministro do Turismo diz que Copa de 2014 será divisor de águas para o turismo brasileiro

02/07/2008 12h10

O ministro do Turismo, Luiz Barretto, afirmou ontm (22) que a realização da Copa de 2014 no Brasil representa uma “janela de oportunidades” para o turismo brasileiro. “É um evento que mobiliza não apenas uma cidade, mas todo o Brasil”, disse ele, durante abertura do painel Preparando o Futuro – a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, que faz parte da programação da 3º edição do Salão do Turismo 2008, encerrada neste domingo no Parque de Exposições do Anhembi.
Barretto destacou ainda que há uma grande sensibilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outras áreas do governo federal em relação às ações de planejamento para ampliar a capacidade do Brasil de sediar um evento dessa proporção. A estimativa é que o País receba cerca de 500 mil turistas estrangeiros para o mundial de 2014. O Ministério do Turismo entregou ao presidente Lula, em maio, um Plano de Mobilidade Urbana para a Copa, que prevê investimentos de R$ 38,5 bilhões para construção e ou ampliação de linhas de metrôs, de trens e corredores de ônibus em 11 capitais e cidades brasileiras.
Além da contribuição para aperfeiçoar a mobilidade urbana, especialmente nas capitais, o MTur firmou parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para fazer um diagnóstico detalhado das 18 cidades que se candidataram a ser sedes de jogos do mundial. A expectativa é que a Fifa escolha entre 8 a 12 cidades para sediar as competições.
O ministro destacou que a Copa é um evento que envolve não apenas a esfera governamental, mas também a iniciativa privada. “Queremos ter uma parceria forte com a Fifa para oferecermos a melhor Copa do Mundo”, disse. Ele ressaltou ainda que, além da preocupação com a infra-estrutura, há um grande esforço do Ministério do Turismo em trabalhar a qualificação do receptivo turístico em todo o País, desde taxistas até os atendentes de hotelaria.
As ações destacadas por Barreto foram endossadas pelo consultor da Fifa Ray Whelan, que considera o evento como uma grande oportunidade para ampliar a visibilidade do País no exterior. “Será a grande oportunidade de o Brasil mostrar o que tem a oferecer”, disse o inglês, da Match Sevices AG, um dos participantes do painel. Whelan é o consultor Fifa responsável pelos preparativos para a Copa 2014 e esteve no ano passado no Brasil para visitar hotéis das cidades candidatas a receber jogos da competição. Ele participa da organização de mundiais desde 1986 no México, e a Match Services é responsável pelas acomodações, venda de ingressos, soluções tecnológicas e hospedagem.
Para Whelan, as cidades, organizações, empresas e pessoas interessadas em explorar as oportunidades que um evento como a Copa traz para o País devem fazer uma auto-avaliação e verificar como oferecer opções para os turistas. É preciso lembrar, segundo ele, que as ações para “vender” o Brasil vão se estender durante seis anos antes do evento e os resultados vão perdurar pelos 30 anos subseqüentes.
Ao se referir às cidades candidatas a sediar os jogos, ele foi enfático. “Se (a cidade) não for sede, isso não quer dizer que as pessoas não podem ficar lá. Pode-se não ter o jogo, mas oferecer outros atrativos”, disse ele ao frisar que é preciso estar aberto para oportunidades de negócios. Segundo Whelan, uma característica importante da Copa no Brasil é que os turistas europeus e asiáticos devem vir para períodos mais longos do que usualmente ocorre nas copas realizadas na Europa.

Fonte: Ascom Mtur