A ministra do Turismo, Marta Suplicy, apresentou ontem (19), em São Paulo, o Plano de Mobilidade Urbana para a Copa do Mundo de 2014, estudo elaborado pelo Ministério do Turismo que prevê investimentos de R$ 38,5 bilhões nas cidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Recife e Olinda (PE), Natal (RN), Maceió (AL) e Brasília (DF). “Este estudo é uma contribuição do Ministério do Turismo sobre mobilidade urbana para as cidades que pleiteiam sediar jogos da Copa do Mundo de 2014”, afirmou a ministra.

O projeto foi elaborado com base em orientações do presidente da República em fomentar a transversalidade no governo federal e reúne contribuições de projetos elaborados nos ministérios dos Transportes, das Cidades e dos Esportes e também da Casa Civil. Da parte do turismo, o projeto tem o acúmulo das discussões contidas no Plano Nacional de Turismo (PNT) 2007-2010, que prioriza a logística de transporte em um de seus macroprogramas; também resulta do estudo contratado pelo Ministério do Turismo sobre competitividade dos 65 destinos prioritários definidos pelo PNT e da observação de investimentos realizados na Alemanha (Copa de 2006), na China (que este ano sedia os jogos olímpicos) e ainda das ações que estão em andamento na África do Sul (Copa de 2010).

“Desde quando o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo, o Ministério já começou o planejamento. Planejamento é a nossa palavra chave e, para o Turismo, a Copa é uma grande oportunidade de divulgar o país”, explicou a ministra Marta, projetando que o evento esportivo pode ampliar o número de turistas no país de 5 milhões para 8 milhões, em 2010, e chegar a 10 milhões em 2014.

O estudo realizado mostra que São Paulo, por exemplo, precisa de mais 65,6 quilômetros de metrô e 279,5 quilômetros de corredores de ônibus, em um investimento de R$ 15,3 bilhões. “Para se ter uma idéia, as quatro maiores aglomerações urbanas do Mundo, Tóquio, Cidade do México, Bombaim e São Paulo, possuem, respectivamente, 292 km de metrô (3ª maior no mundo), 201 (8º maior), 149 km (12º maior) e São Paulo 62 km (41º). A partir disso temos a constatação do porquê precisamos de um esforço de guerra para o cidadão que vier assistir a Copa possa se locomover”, destacou Marta.

O enfoque maior no estudo é em São Paulo e Rio de Janeiro por serem os portais de entrada no país. Para a ministra, é importante também o projeto do trem-bala: “Nós vamos ter que fazer um esforço muito grande para que o trem que vai ligar Viracopos, em Campinas, à Guarulhos e Galeão fique pronto, porque para o turismo será muito bom que as pessoas que estejam acompanhando a Copa em São Paulo, por exemplo, possam ir ao Rio de Janeiro em 80 minutos. E o mais importante vem depois, que é o legado que fica depois da Copa”.

Marta lembrou ainda que países que realizaram eventos deste tipo tiveram um incremento gigantesco no PIB. “A realização de um evento deste tipo permite um país crescer 50 anos em um. Mas é preciso deixar claro que, para crescer em um ano, é necessário haver um planejamento 5 ou 6 anos antes”, afirmou a ministra.

O estudo foi apresentado ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no dia 14. “Ambos concordam que é um investimento que tem que ser levado em frente, e é um investimento fundamental, não apenas para a Copa”, finalizou Marta Suplicy. 

Fonte: ASCOM - Ministério de Turismo