A Política Nacional de Turismo, que será lançada oficialmente em 14 de junho, trará proposta de estímulo ao turismo de baixa renda. De acordo com a ministra Marta Suplicy, o governo lançará linhas de financiamento e pacotes dirigidos à população que nunca viaja por falta de dinheiro e oportunidade. "Vamos concorrer com o [que a população carente gasta com] celular, porque teremos pacotes até R$ 400", disse.
As declarações foram dadas hoje, durante audiência pública promovida pela Comissão de Turismo e Desporto para debater o Plano Nacional de Turismo, as metas da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2008 para o setor e o Plano Aquarela, que envolve ações de marketing para divulgar o País no exterior.
Marta destacou que há 38 meses consecutivos o consumo brasileiro tem crescido. Segundo a ministra, no ano passado a massa salarial cresceu 5% e, no último trimestre, 13%. Ela ressaltou o potencial de um público que nunca viajou e que será estimulado a fazê-lo.

Turismo para aposentados
Uma das propostas, informou, é do turismo para aposentados, por meio do crédito consignado. Pelo projeto, o governo pagaria os pacotes diretamente, à vista - o que os tornaria mais baratos -, e o aposentado teria as parcelas descontadas da aposentadoria.
O estado de São Paulo e a região Centro-Oeste serão as primeiras regiões a ter seu público estimulado a fazer as malas. Os destinos serão o Norte e o Nordeste. As promoções serão em períodos de baixa ocupação, quando normalmente há desemprego nas regiões turísticas.

Qualificação profissional
A ministra declarou que um dos problemas para o crescimento do turismo é a falta de mão-de-obra para o setor hoteleiro. Ela informou que está dialogando com o Ministério da Educação para a implantação cursos de formação de nível médio destinados ao setor. Ao informar que já foram identificados 23 locais onde há escolas técnicas, ou planos para instalá-las, Marta afirmou fará esforços para que cursos de hotelaria sejam implantados nessas localidades.
A ministra anunciou também que está sendo estudada uma forma de desonerar de impostos os equipamentos necessários para a rede hoteleira. Essa medida seria uma das formas de compensar a dificuldade que o Brasil enfrenta com a valorização do real em relação ao dólar, que torna o País mais caro para o turista estrangeiro.

Fonte: Agência Câmara