Maracanã não terá mais reformas com verbas públicas
Convidado com antecedência, o governo do Distrito Federal não enviou representante de seu comitê organizador para o debate, conduzido pelo deputado Romário (PSB/RJ), presidente da CTD.
O deputado Romário voltou a criticar a falta de planejamento para as obras do Maracanã, que culminam com a demolição de espaços históricos para o esporte.
"Desde 2007 sabemos que receberíamos a Copa 2014 e só agora somos informados que é preciso derrubar áreas importantes no entorno do Maracanã, como o Museu do Índio, o Parque Aquático Júlio de Lamare e o estádio Célio de Barros?"
E insistiu o presidente da CTD:
"O Júlio de Lamare, inclusive, passou por reforma que custou R$ 10 milhões aos cofres públicos. E agora falam que será demolido? É um desperdício muito estranho".
Romário também criticou as centenas de desapropriações na Região do Maracanã com deslocamento de famílias para área até 80Km distantes de suas residências atuais. "Segundo a ONU, desapropriações podem ocorrer, mas trocando-se uma chave pela outra, o que não está ocorrendo", disse o deputado.
Sobre a ausência de representante de Brasília na audiência pública, o presidente da CTD lamentou: "Eles estão na cidade e deveriam ser os primeiros a prestar contas do que estão fazendo. Mas preferiram ir para outra reunião. Foi uma ausência lamentável."
Os representantes dos governos municipal e estadual de Pernambuco, por sua vez, explicaram aos integrantes da CTD que a Arena Pernambuco já foi privatizada, por 30 anos, para a AEG (Anschutz Entertainment Group), empresa americana líder no mercado de entretenimento, esportivo e musical.
Com capacidade para 46 mil pessoas, a Arena está localizada em São Lourenço da Mata, a 19km de Recife.