Consumidores brasileiros estão preferindo viajar ao exterior a procurar roteiros turísticos nacionais, incentivados sobretudo pela desvalorização do dólar frente ao real e também pela possibilidade de comprar no cartão de crédito internacional, já que irão pagar o preço do dólar na data da fatura do cartão. Como a perspectiva é de que o valor da moeda norte-americana continue caindo, é preciso que o governo e o próprio setor de turismo encontrem alternativas para reverter esse fluxo.

Jô Moraes defende a redução da taxa Selic (juros básicos da economia) para aumentar a competição dos produtos nacionais nos mercados interno e externo. "É preciso uma política mais robusta e incisiva para barrar a entrada de capitais especulativos, atraídos recorrente valorização de nossa moeda, e viabilizar de fato a competitividade das empresas não só exportadoras de bens, mas também a do setor turístico. Com juros menores poderemos fazer frente à crise econômico-financeira mundial, capacitando gestores e trabalhadores, equipando, aperfeiçoando e ampliando nosso parque industrial e empresarial para atender às demandas", pondera.

Copa

Ela aponta que a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos são mais que argumentos para essa tomada de decisão. "O Brasil se prepara para sediar dois grandes eventos internacionais. Quantias vultosas estão sendo destinadas à construção de estádios, parques desportivos, hotéis e toda a infraestrutura de acomodação, mobilidade e bem-estar dos que aqui vieram para participar e assistir aos jogos. Mas é preciso que também nossa política econômico-financeira seja partícipe deste esforço conjunto".

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