Governo estuda adotar “lei de reciprocidade” para turistas espanhóis

O Ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que o Brasil poderá adotar as mesmas exigências impostas aos brasileiros na Espanha para a entrada de espanhóis no Brasil. Segundo o ministro, ainda ocorrem "situações inaceitáveis" na Espanha, onde há histórico de brasileiros barrados nos aeroportos do país europeu. A declaração foi dada nessa quarta-feira (15) durante audiência pública conjunta das Comissões de Turismo e Desporto (CTD) e de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN). Os deputados Romário (PSB-RJ) e Ruy Carneiro (PSDB-PB) solicitaram a audiência na CTD.
15/06/2011 18h44

Beto Oliveira

Governo estuda adotar “lei de reciprocidade” para turistas espanhóis

Audiência pública com o Ministro das Relações Exteriores

De acordo com o ministro Patriota, o número de inadmissões de brasileiros tem diminuído, passando nos últimos anos de 250 para 140 reclamações por mês. Ele informou aos parlamentares que o assunto tem sido tratado com a ministra de Relações Exteriores da Espanha, Trinidad Jiménez, e que ela admite a existência do problema. "Se a situação persistir, acho que seria o caso de se adotar reciprocidade dos mesmos documentos - garantia de hospedagem, extrato de conta bancária, etc. Mas esperamos que a via da racionalidade, da conciliação e do diálogo com os espanhóis continue produzindo resultados, embora a cooperação por parte da Espanha ainda seja insuficiente", ressaltou. Segundo ele, a medida já está sendo discutida com a Polícia Federal e o Ministério da Justiça.

Indagado pelo presidente da CTD, deputado Jonas Donizette (PSB-SP), sobre a questão do turismo sexual, Patriota respondeu que é preciso um trabalho "melhor coordenado" por todos os atores envolvidos para encarar essa questão. Sobre a implantação de vistos eletrônicos para atender turistas, especialmente com vistas à realização dos megaeventos esportivos, o chanceler respondeu aos deputados Donizette e Otavio Leite (PSDB-RJ) que o assunto está sendo examinado. "Mas não podemos nos descuidar que essa facilitação siga na contramão de outros esforços de combate ao turismo sexual", concluiu.


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