Eventos internacionais injetam US$ 8,5 milhões na economia do País

15/04/2008 13h10

A ministra do Turismo, Marta Suplicy, e a presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Jeanine Pires, divulgaram nesta segunda-feira(14), em São Paulo (SP), ao lado do presidente da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) Abram Szajman, e do presidente do São Paulo Convention & Visitors Bureau, Orlando de Souza, dados parciais da “Pesquisa do Impacto Econômico dos Eventos Internacionais no Brasil – 2007/2008”, estudo inédito realizado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) para o Ministério do Turismo, por meio da Embratur.

A apresentação da primeira etapa da pesquisa – realizada em seis eventos internacionais, entre setembro de 2007 e janeiro deste ano, com 1.459 turistas estrangeiros – aconteceu na sede da Fecomercio para uma platéia de aproximadamente 100 empresários de turismo. Os resultados demonstram a importância do setor: US$ 8,5 milhões de impacto direto dos gastos dos turistas estrangeiros – sendo US$ 4 milhões em hospedagem, US$ 1,3 milhão em alimentos e bebidas e US$ 890 mil em compras e presentes.

Para a ministra Marta Suplicy, a pesquisa resgata o peso econômico do segmento, e sua importância está na identificação de oportunidades e na possibilidade de planejamento que oferece aos setores envolvidos. “Trabalhamos com duas linhas no ministério: a inclusão social e o planejamento. O turismo dá certo quando se cria musculatura interna, e quando se tem diagnóstico para planejar. É isso que estamos criando.”

A ministra lembrou que há poucos dias, divulgou outra importante pesquisa, sobre os 65 destinos turísticos prioritários para o desenvolvimento do turismo no país. “Mais uma pesquisa inédita, junto com a FGV, e que nos permitirá orientar investimentos, com vistas a cumprir metas até 2010. Estamos criando, assim, uma base de dados confiável, ótimo instrumento para o trabalho de secretários municipais e estaduais de turismo”. Marta Suplicy também destacou que a Pasta faz investimentos em infra-estrutura turística e destinou, apenas em 2007, R$ 39 milhões para obras de construção, ampliação e reformas de centros de convenção, ação que afeta a realização de turismo de eventos.

Em relação ao levantamento sobre eventos internacionais, a ministra do Turismo destacou ainda que os dados são muito positivos. “Temos aqui um público pesquisado de alto poder aquisitivo, também de alto nível de escolaridade e formador de opinião”. A pesquisa identifica que mais da metade dos turistas de eventos visita o Brasil pela primeira vez e que mais de 80% declara ter intenção de retornar. Por volta de 85% afirma que a imagem em relação à cidade do evento melhorou após a viagem e, dos que permanecem mais dias além do período do encontro, 55% diz ser por motivo de Lazer. Têm um gasto médio diário de US$ 312,27 e uma permanência média de seis dias.

A presidente da Embratur, Jeanine Pires, destacou que “o setor de eventos internacionais no Brasil ganha ao trazer turistas que antes não pensavam em visitar o Brasil e que vêm por uma demanda profissional. E, uma vez aqui, voltam com uma melhor imagem do País, da cidade de realização do encontro e desejam retornar”, disse.

Em relação aos gastos dos visitantes, a maior parte é desembolsada com hospedagem, seguido de alimentação e compra de presentes. Entre os principais itens adquiridos pelos turistas estão: souvenier/artesanato (60,4%), roupas/calçados (20,9%), brinquedos (17,4%), jóias (8,7%) e livros/revistas (5,6%).

TOP 10 em eventos – A necessidade de mensurar o impacto dos eventos internacionais realizados nas diferentes cidades brasileiras tornou-se imperativa depois de o Brasil se consolidar entre os TOP 10 maiores destinos-sede desses encontros. De acordo com ranking da ICCA (International Congress and Convention Association), a mais importante entidade internacional do setor, o país assegurou a 7ª posição, em 2006, com 206 eventos. O País é o líder na América Latina e, nas Américas, só fica atrás dos Estados Unidos.

Desde 2003, quando a Embratur passou a contar com uma política de apoio à captação de eventos internacionais para o Brasil, o País subiu 12 posições no ranking da ICCA.

 
Fonte: Ministério do Turismo