Estados fora da Copa também terão incentivos do Governo

A ausência da CBF no debate com os estados que ficaram de fora da Copa do Mundo de 2014 foi duramente criticada pelos deputados Francisco Escórcio (PMDB-MA) e Romário (PSB-RJ). Na presidência dos trabalhos da audiência pública que debateu a situação dos estados que não participarão diretamente da Copa do Mundo de 2014, Francisco Escórcio, também autor do requerimento para o debate, disse ser lamentável o desrespeito da CBF para com o poder legislativo ao não mandar um representante no evento, que contou com a participação de seis estados e dos ministérios do Turismo e do Esporte, além da Confederação Nacional de Turismo.
12/12/2012 12h50

Já o deputado Romário disse que a ausência do presidente da CBF, José Maria Marin, na audiência pública, é um ato que condiz com a característica da entidade, a seu ver, corrupta.
Ele afirmou ainda que acredita que os 12 estados não eleitos como sedes da Copa do Mundo de 2014, foram preteridas por não tirar do bolso o que a CBF desejava para fazer os seus negócios. "Quem pagou a maior propina levou", denuncia, alertando ser importante que a FIFA saiba que todos os estados brasileiros querem participar da Copa.
O deputado Edinho Bez (PMDB-SC) cobrou maior empenho e agilidade dos ministérios do Turismo e do Esporte no encaminhamento das questões relativas à Copa do Mundo, argumentando que os servidores do Governo Federal tem a obrigação de apresentar o melhor, notadamente na liberação das emendas parlamentares que, a seu ver, devem ter prioridade de forma a atender as prefeituras que são as melhores fontes para receber os recursos orçamentários.
Segundo Edinho, falta autoridade das autoridades e nesse sentido cobrou ações de qualificação profissional em todos os estados da federação, sugerindo que o governo utilize-se da era digital para acelerar suas ações com vistas aos grandes eventos que o Brasil vai sediar nos próximos anos. Ele também questionou porque apenas 119 cidades constam do Programa de Qualificação para a Copa.
"Se o Brasil não fosse sediar a Copa do Mundo e as Olímpiadas as coisas seriam mais devagar ainda", observou, cobrando mais trabalho da ANAC e dos demais órgãos fiscalizadores no que diz respeito ao preço das passagens aérea e as diárias do setor hoteleiro.
O representante do Ministério do Esporte, Joel Benin, disse que a pasta está disposta a nacionalizar a Copa do Mundo de 2014 e isso já foi feito num primeiro momento quando se escolheu 12 cidades das cinco regiões brasileiras. Segundo ele, mesmo estádios de estados que não participarão da Copa vão receber investimentos do ministério. Benin informou ainda que já foram acertados 54 centros de treinamento sendo que 28 deles são públicos.
O Diretor de Infraestrutura Turística do Ministério do Turismo, Neusvaldo Ferreira Lima, disse que o Mtur criado a menos de 10 anos já tem uma infraestrutura montada para o setor de turismo de forma a atender a todos os estados da federação, notadamente aqueles que possuem destinos turísticos consolidados.
Ele exemplificou a preocupação do Mintur com os estados que não participarão da Copa, lembrando que em Sergipe vai ser inaugurada a maior ponte do Nordeste e será um dos roteiros promovidos pelo ministério para os turistas da Copa.
Lima salientou ainda que a duplicação da BR 101 no trecho Salvador/Recife vai beneficiar diretamente os estados de Alagoas e Sergipe e que em Roraima está sendo construído o Centro de Convenções de Boa Vista e no Maranhão há várias obras de pavimentação nos acessos aos centros turísticos.
Por sua vez, Marcela Jeolas, também do Ministério do Turismo, afirmou que há um propósito claro de nacionalizar a Copa do Mundo e isso se faz notar pelo fato da pasta atuar intensivamente em 119 cidades, em 19 estados, que vem recebendo recursos do Pronatec/Copa para aplicação em cursos de qualificação em todas as áreas afetas ao evento.
O Diretor de Comunicação da Confederação Nacional do Turismo-CNTUR, José Osório Naves, pediu maior fiscalização e empenho dos ministérios para a qualificação profissional, lamentando que é difícil qualificar quando não se tem quem qualifique. Para ele é preciso destravar o turismo no Brasil, uma vez que há 20 anos que o país está empacado em cinco milhões de turistas, sem conseguir aumentar esse número, o que faz com que o Brasil fique em 4º lugar na América do Sul. Ele também criticou os serviços das empresas aéreas e a falta de controle dos órgãos reguladores como a ANAC, salientando que esses serviços tem que melhorar em todo o país e não apenas nos 12 cidades sedes da Copa.
Participaram do debate o Secretário Adjunto de Estado do Esporte e Lazer do Estado do Maranhão, Clineu César Coelho Filho; o Secretário Adjunto de Turismo do Estado de Sergipe, José de Lima Andrade; o representante da Fundação do Turismo do Estado do Mato Grosso do Sul, Alfredo Ramos Sulzer; o Secretário Adjunto de Esporte da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte de Alagoas, Jorge VI Lamenha Lins; o Secretário de Estado de Representação do Governo de Roraima em Brasília, Samir de Castro Hatem e o Diretor do Estádio Olímpico do Pará (Mangueirão), Saulo Marcelo Lima Aflalo.

 

Luiz Paulo Pieri

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