Deputado Valadares Filho assume a presidência da CTD

Por unanimidade, o deputado Valadares Filho (PSB/SE) foi eleito nesta tarde presidente da Comissão de Turismo e Desporto (CTD), em substituição ao deputado Romário, que recentemente se afastou do PSB, mas ainda sem comunicar sua nova agremiação. Regimentalmente, a presidência é um espaço partidário, o que provocou a eleição do novo presidente. Para a vice-presidência foi eleito o deputado Abelardo Camarinha (PSB/SP).
21/08/2013 19h52

CTD

Deputado Valadares Filho assume a presidência da CTD

Valadares Filho é o novo presidente da CTD; Abelardo Camarinha, o 1º vice-presidente

Logo após a apuração dos votos, Valadares Filho foi empossado no cargo pelo deputado Afonso Hamm (PP/RS). Em seu primeiro pronunciamento como titular da CTD, Valadares Filho homenageou o ex-presidente, deputado Romário, parlamentar que "deu visibilidade a esta Comissão", disse Valadares.

Prestigiado na reunião pela presença do líder do PSB, Beto Albuquerque, o presidente da CTD agradeceu a indicação de seu partido para o cargo e o apoio dos colegas parlamentares que o elegeram. "Vou retribuir essa confiança com muito trabalho e dedicação às causas do esporte e do turismo e demonstrarei lealdade às diretrizes de nosso partido."


Audiência pública debateu hotelaria na Copa das Confederações

Logo após a reunião de eleição, foi realizada audiência pública solicitada pelo novo presidente, deputado Valadares Filho, para obter informações sobre o desempenho do setor hoteleiro durante a recente Copa das Confederações, disputada em seis capitais: Distrito Federal, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Recife.

"É nítido que quando o Brasil recebe grandes eventos a tarifa dos hotéis aumenta, como ocorreu na Conferência Rio mais 20, a Copa das Confederações e na Jornada da Juventude", disse Valadares Filho. "E precisamos nos preparar para outros grandes eventos, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Qual a contribuição do setor hoteleiro para praticar preços que atraiam os turistas", indagou o presidente da CTD.

O presidente da Associação Brasileira de Indústria de Hoteis (ABIH), Enrico Fermi Toquarto, respondeu que durante a Copa das Confederações as seis capitais que receberam jogos registraram média de 70% de taxa de ocupação. E sugeriu que o problema da tarifa hoteleira não seja analisado de forma isolada, mas num contexto econômico que inclui a aviação civil - também apontada com vilã para limitar o interesse do turista internacional pelo Brasil.

Em seu argumento, Enrico lembrou que o Brasil é a sexta economia, no entanto, temos a maior carga tributária que se conhece no mundo. Além disso, o setor tem duas grandes despesas fixas, trabalhista e de energia. "O governo diz que desonerou as contas de energia, porém as tarifas aumentaram duas vezes. Como entender isso?"

Para Enrico Fermi, a Copa do Mundo é um evento para poucos. "Achar que a classe emergente vai consumir Copa do Mundo é ilusão, apesar de futebol ser um esporte popular. Além disso, as arenas têm limites, são para poucas pessoas", argumentou Erico Fermi.

O deputado Camarinha, por sua vez, solicitou informações complementares sobre o desempenho da rede hoteleira na Copa das Confederações. "Tivemos casos graves, como delegações estrangeiras, que não vieram para o Rio Mais 20 devido o alto preço das diárias de hotel".

Flávia Matos, diretora Executiva do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) também participou da audiência pública e afirmou que pesquisas e análises realizadas pela Embratur mostraram que as tarifas no Brasil são inferiores a muitos países. "Na Copa das Confederações, a média de permanência dos estrangeiros foi de 4,2 dias. Os turistas também deram nota 3,6 (numa escala de 5) para o preço dos hotéis".

Segundo Flávia, a hotelaria brasileira está recebendo investimentos de R$ 7 bilhões da iniciativa privada, o que garantirá modernização do setor, treinamento e capacitação de pessoal "para oferecer serviço de qualidade aos turistas".