Durante o debate, o presidente da CTD, deputado Valadares Filho (PSB-SE) destacou que, embora Vinicius Lummertz tenha apresentado dados que mostram avaliação positiva da atuação do Brasil, existem alguns pontos que precisam da atenção das autoridades a fim de melhorar o atendimento aos visitantes para a Copa do Mundo no próximo ano.

"Questões como a segurança dos visitantes, o atendimento em língua estrangeira e alto custo dos hotéis e das passagens aéreas merecem uma atenção especial", disse Valadares Filho.

Flávio Dino reconheceu a deficiência em atendimento em outros idiomas e informou que há projetos para minimizar esse problema, como investimentos em ferramentas de suporte como internet e mobile e a implantação de centros de atendimentos aos turista em locais estratégicos para os visitantes. "Pretendemos colocar em cada esquina uma tenda com informações em outros idiomas para atender os turistas estrangeiros".

Em relação aos altos preços praticados pelos hotéis e empresas aéreas, Flávio Dino disse que é preciso ampliar a concorrência e esperar o bom senso do setor privado para praticar preços mais adequados.

O deputado Afonso Hamm (PP-RS) destacou o problema da falta de voos regionais. "Um dos destinos turísticos mais procurados do Brasil - Gramado - não tem um aeroporto", disse o parlamentar gaúcho.

A qualificação para o atendimento ao turista estrangeiro foi apontada pelo deputado Acelino Popó (PRB-BA) como sendo um dos principais problemas para a Copa. Segundo ele, para receber o turista estrangeiro não basta ter praias maravilhosas é preciso melhorar o atendimento. "Ainda temos crianças abordando os turistas vendendo balinhas ou pedindo dinheiro; o tempo de embarque e desembarque nos aeroportos brasileiros é muito longo", destacou.

Para o deputado Vicente Candido (PT-SP), é preciso intensificar o debate sobre a importância da cadeia do turismo, pois os investimentos no setor ainda são vistos como gastos. "O turismo não é um gasto, e sim um investimento com grande capilaridade de emprego".

Vinicius Lummertz destacou a necessidade de colocar o turismo como uma agenda prioritária para o crescimento do país, pois o brasileiro ainda tem dificuldade de relacionar o turismo como assunto importante para economia.

Flávio Dino concorda que a falta de investimentos é um problema que dificulta o crescimento do turismo, especialmente, para ampliar a publicidade internacional. "A primeira tarefa para se ter mais investimentos é transformar o turismo em tema prioritário para o crescimento da economia", disse o presidente da Embratur.