CTD discute valorização do boxe olímpico brasileiro
Além dos deputados da Comissão de Turismo e Desporto (CTD), participaram do debate o gerente-geral de performance esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro, Jorge Bichara, e o presidente da Confederação Brasileira de Boxe, Mauro Silva.
Jorge Bichara esclareceu que foi desenvolvido um planejamento estratégico junto com as federações e estabeleceu-se um potencial de resultado em 2016. "O objetivo desse trabalho é melhorar a performance do boxe brasileiro em jogos olímpicos", disse.
Segundo Bichara, nos últimos, observou-se uma evolução no boxe olímpico. Em 2009, foram nove medalhas, já em 2013, 25 medalhas em 12 modalidades. "O desafio é promover ações que atraiam os jovens para praticar essa modalidade esportiva para que o boxe volte ao estágio que já foi".
Ao responder sobre a aplicação dos recursos do COB e da Petrobras na formação dos atletas, Mauro Silva disse que o foco está sempre no atleta e que o objetivo principal é atender as necessidades para a formação do atleta e depois vem os demais itens. "Primeiro é o atleta, se ele não acontecer nada mais acontece".
O deputado Francisco Escórcio (PMDB-MA) parabenizou Acelino Popó pelo grande atleta que foi e por sua atuação na Comissão de Turismo e Desporto. "Parabéns por trazer a discussão nessa Comissão os desafios do boxe olímpico".
O presidente da CTD, deputado Valadares Filho (PSB-SE) questionou sobre o bolsa pódio, programa do Ministério do Esporte que visa beneficiar atletas de alto rendimento que já ganharam medalhas. "Gostaria de saber como essa bolsa tem beneficiado os atletas do boxe?".
Acelino Popó esclareceu que o programa bolsa pódio somente existe no papel, pois os atletas não estão recebendo o beneficio. "O boxe olímpico perdeu dois dos seus melhores atletas porque não receberam o beneficio", lamentou Popó.
Valadares Filho sugeriu que deputados da CTD se reúnam com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, para esclarecer sobre o fato de atletas medalhistas não estarem sendo beneficiados pelo bolsa pódio. A sugestão de Valadares Filho foi acatada.
Mauro Silva ressaltou a necessidade de apoiar o trabalho feito pelas federações de boxe. "As federações não podem continuar como elas vivem; eles não têm um centavo de apoio de nada; alguma coisa tem que ser feita pelas federações" disse.