Bernard Rajzman reconheceu que vários clubes de esportes olímpicos têm dívidas altas que precisam ser sandas. "Para que o país cresça no esporte olímpico e preciso resolver esse problema", disse Bernard.

Já Arialdo Boscolo disse que se deve fazer uma ampla reflexão sobre o momento que se encontra o esporte brasileiro. "De nada vai adiantar esse grande momento que é a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos se efetivamente não tiver um legado definitivo que vai além das estruturas físicas que estão sendo construídas".

O deputado Vicente Candido (PT-SP), autor do requerimento que originou a audiência pública, pediu o apoio das entidades esportivas para o anteprojeto de lei que se encontra em elaboração pelo Ministério do Esporte. O anteprojeto propõe alternativas para os clubes sanar suas dívidas. "Peço apoio e ajuda na confecção final do projeto, para que possamos avançar na solução desse problema".

Vicente Candido também destacou que o anteprojeto de lei não se trata de perdão ou de anistia da dívida. "Quando se fala em perdão ou anistia se fala erroneamente; o projeto trata de readequação de pagamento que pode ser parte e que se paga parte em prestação de serviços, como formação de atletas", disse.

O presidente da CTD, deputado Valadares Filho (PSB-SE), defendeu que, por meio do diálogo com as entidades representativas dos esportes olímpicos, se encontre formas de pagamento que caibam dentro da previsão de receita dessas entidades. "Tem que se fazer um pacto para ser cumprido; que se estabeleça valores que as entidades possam realmente pagar", disse.

Valadares Filho disse que "não se pode deixar essa situação se perpetuar por mais tempo, pois quem perde é o esporte brasileiro".

A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) defendeu o aprofundamento do debate sobre as dívidas dos clubes esportivos. "O esporte é um componente importante na cultura do nosso país, por isso esse debate é muito importante", disse.