Criação de Instituto pode revitalizar a Estrada Real da Bahia

A criação de um instituto da Estrada Real nos moldes do que já existe e é mantido pela Federação das Indústrias de Minas Gerais foi defendida pelo Presidente da ABAV-BA - (Associação Brasileira dos Agentes de Viagem) -, Pedro Galvão durante reunião de Audiência pública, no dia 17 de outubro, com o objetivo de debater a atual situação da Estrada Real da Bahia e discutir seu processo de revitalização para incremento do turismo na região.
25/10/2012 11h40

Akimi Watanabe

Criação de Instituto pode revitalizar a Estrada Real da Bahia

O debate contou também com a presença do Secretário Estadual de Turismo da Bahia, Domingos Leonelli, do diretor do Instituto Estrada Real,Baques Sanna, do representante do Ministério do Turismo, Ítalo de Oliveira Mendes e parlamentares da comissão.
 

Galvão disse que a intenção do trade baiano é importar o modelo adotado em Minas Gerais que viabilize um projeto sustentável para a Estrada Real da Bahia e defendeu a criação do Instituto da Estrada Real da Bahia, a exemplo do que ocorreu em Minas Gerais com a criação do Instituto da Estrada Real de Minas que contribuiu efetivamente para alavancar o turismo e levou renda a quase cem municípios dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

“A incrementação do projeto revitalizará o turismo no estado, com o consequente desenvolvimento das novas regiões abrangidas”, destacou Galvão, acentuando que o trecho baiano da Estrada Real é uma nova aposta para o desenvolvimento do turismo no interior da Bahia e região. Segundo enfatizou, os 22 quilômetros da estrada histórica entre os municípios de Rio de Contas e Livramento de Nossa Senhora podem redefinir o mapa turístico do estado. 

Pedro Galvão acentuou que o trade turístico da Bahia, como o Conselho Baiano de Turismo e a Confederação Nacional do Turismo apoia o pleito da estrada real da Bahia e estará dando a força necessária para que a médio prazo o sonho do turismo baiano de ver sua Estrada Real, trazendo os frutos para o turismo e criando, por consequência, novos milhares de empregos, além de divisas internacionais e recursos no turismo interno de grande valor  para  a economia do estado.

Segundo o Secretário Estadual de Turismo da Bahia, Domingos Leonelli ,  o estado  está atrasado em relação ao aproveitamento da estrada para fins turísticos e a intenção do Governo local é acender a discussão e receber contribuições de variadas frentes para o desenvolvimento do turismo na região por meio da revitalização do trecho e incremento da infraestrutura e rede hoteleira locais.

Leonelli também defendeu a criação do Instituto da Estrada Real da Bahia, desde que ele seja feito pela iniciativa privada. Em sua exposição ele lembrou que as Estradas Reais no Brasil - foram durante muito tempo, as únicas vias autorizadas de acesso à região das reservas de ouro e diamante em Minas Gerais e na Bahia e no seu estado existem indícios da Estrada Real unindo os principais centros de mineração. “Isso está fundamentado na existência de 22 quilômetros de vestígios da Estrada Real no Estado da Bahia entre os municípios de Livramento de Nossa Senhora e Rio de Contas”, disse, informando que a Secretaria de Turismo do Estado da Bahia estuda a possibilidade de agregar valor aos atrativos culturais e naturais da zona turística Chapada Diamantina criando um novo produto, a Estrada Real: O Caminho da Bahia nos municípios de Abaíra, Piatã, Mucugê, Jussiape, Boninal, Seabra, Livramento de Nossa Senhora e Rio de Contas.

Leonelli acentuou que a proposta de estrutura para a  Estrada Real: O Caminho da Bahia poderá possibilitar ao turista vivenciar experiências ter contato com os caminhos utilizados no  início do século XVIII.

O Diretor do Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico do Turismo do Ministério do Turismo, Ítalo Oliveira Mendes, destacou a parceria que o ministério tem com o Instituto Estrada Real e sinalizou que a marca Estrada Real é forte e pode contribuir para revitalizar o trecho da Bahia e para tanto se colocou a disposição para um trabalho conjunto em prol do empreendimento.

"Algumas de nossas preocupações são a diversificação da oferta, agregar novos destinos e criar oportunidade de desenvolvimento para regiões. A ideia é levar o desenvolvimento do turismo para o interior do Brasil e é importante que municípios trabalhem juntos para potencializar atrativos e a atividade turística", explicou.

O MTur já investe na Estrada Real que passa por Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro e, segundo Mendes, pretende investir no trecho baiano. "Até o momento, não existem recursos da pasta para esse produto específico, mas trabalharemos juntos. Há interesse do MTur em ajudar e participar desse projeto importante, que passa por Parques Nacionais e dispõe de um conjunto histórico e arquitetônico forte", afirma.

Em sua exposição, o diretor do Instituto Estrada Real, Baques Sanna, lembrou que o Instituto é mantido pela Federação das Indústrias de Minas Gerais e sua criação alavancou o desenvolvimento na região que compreende a estrada real. Baques mostrou o perfil do Instituto que tem o apoio dos Governos Federal e Estadual e de Instituições e Grandes Empresas e, por outro lado, as potencialidades da Estrada Real que tem mais de 1600 Km de extensão (Duas vezes o “Caminho de Santigo de Compostela) e abrange 199 municípios no estados de Minas Gerais, Rio de janeiro e São Paulo.

“Além de ter um potencial Turístico de 30 Milhões de turistas/ano, a Estrada Real tem um potencial Financeiro de 15 Bilhões de dolares/ano e permitiu a Criação de mais de 250.000 novos empregos diretos”, informou, lembrando ainda que ela corta 3 Cidades Patrimônios Culturais da Humanidade: Ouro Preto, Diamantina, Congonha.

O deputado José Rocha, presidente da CTD, disse que os vestígios da estrada real na Bahia precisam ser recuperados de forma a contribuir com o incremento do turismo baiano, notadamente na região por onde passa.

Caminho Real e Estrada Real

O caminho, criado durante o período do Brasil Colônia, não estava diretamente ligado ao escoamento de metais preciosos, mas foi de fundamental importância no transporte de carne bovina, escravos e produtos europeus. Era também a principal rota de desvio do ouro e dos diamantes.

Na época, o metal circulava em pó e muitos mineradores levavam o ouro para a Bahia, onde adquiriam cabeças de gado para revender em Minas, movimentando um expressivo comércio. Assim a população mineradora podia fugir do pagamento dos tributos que eram cobrados pela Coroa.


Antes disso, a Coroa Portuguesa tinha criado a Estrada Real, que é um conjunto de caminhos abertos para facilitar o acesso ao Rio de Janeiro de metais preciosos como ouro e diamantes vindos do interior de Minas Gerais.Hoje, a Estrada Real passa por 199 municípios – 169 em Minas Gerais, 22 em São Paulo e nove no Rio de Janeiro – e tem 1,6 mil quilômetros de extensão e mais de 80 mil quilômetros quadrados de área de influência.

Luiz Paulo Pieri

Assessor de Imprensa da CTD

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Para ler mais sobre turismo e esporte e conhecer melhor o trabalho da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados acesse os links abaixo.

https://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/ctd

https://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes permanentes/ctd/informativos.html/InformativoRetrospectivaSemestral.pdf

https://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/ctd/informativos.html/15agostol2012.pdf

https://issuu.com/comissaodeturismo/docs/1627-comissdeturismoedesporto-decom-apostila_relat

https://issuu.com/comissaodeturismo/docs/00096-ctd-revista_anuari_a4_completo

https://issuu.com/comissaodeturismo/docs/alta5dejunho

https://issuu.com/comissaodeturismo/docs/edi__o31julhol2012

https://issuu.com/comissaodeturismo/docs/5setembro2012